Futebol

Coritiba está entre os rebaixados no Brasileirão

04 dez 2017 às 09:24

Em um domingo cheio de emoções e com 30 gols, o Campeonato Brasileiro terminou ontem (3) com o Corínthians campeão por antecipação e quatro times rebaixados para a segunda divisão em 2018: Coritiba, Avaí, Ponte Preta e Atlético Goianiense.

Conseguiram vaga direta para a Libertadores do ano que vem o Coríntians (72 pontos), Palmeiras (63), Santos (63), Grêmio (62), Cruzeiro (57) e o Flamengo (56).


O Vasco (56) e a Chapecoense (54) irão para a fase da pré-Libertadores.


Se o Flamengo for campeão da Sul-Americana dia 13 próximo, no Maracanã, diante do Independiente, da Argentina, abrirá vaga para o Vasco na fase direta da Libertadores.


Diretoria se desculpa


Os dirigentes do Coritiba não esconderam a sua frustração neste domingo depois de serem rebaixados para a Série B, após decepcionarem na 38.ª e última rodada do Campeonato Brasileiro e não cumprirem os seus objetivos.


Em 17.º lugar com 43 pontos, os mesmos do Vitória, que escapou do rebaixamento, o Coritiba se livraria caso empatasse com a Chapecoense, fora de casa. Mas levou um gol nos acréscimos e perdeu por 2 a 1. Triste com o resultado, a diretoria publicou uma nota oficial no site oficial para se desculpar com o torcedor. O texto é assinado pelo presidente do clube, Rogério Portugal Bacellar.


"À torcida do maior campeão do Paraná, nossas desculpas", começou o texto, antes de acrescentar. "Ainda que não reflita as convicções e o nosso desejo de um time campeão, a atual queda de divisão do Coritiba no futebol brasileiro é resultado das ações em conjunto de todos os responsáveis da diretoria, comissões técnicas e atletas. Não houve, em nenhum momento nestes três anos, falta de empenho, envolvimento e responsabilidade por nossas ações".


A nota ainda faz uma comparação com os outros dois rebaixamentos da era dos pontos corridos, em 2005 e 2009. Neste último, aliás, a torcida invadiu e detonou o estádio Couto Pereira após o empate por 1 a 1 com o Fluminense, que resultou na queda.


"As razões de queda não podem ser vistas superficialmente, resumidas em declarações, ações pontuais, culpa de uma ou de outra pessoa; não deveria ter sido assim em 2005 ou em 2009. Como nestas ocasiões, a queda foi resultado de uma lógica complexa, carregada de condições típicas deste esporte, de nosso clube", acrescentou. "Uma oscilação resultante da dinâmica histórica, da lógica financeira, de capital político e da aplicação de conhecimento a qual dirigentes eleitos (os ditos amadores) devem ser responsabilizados junto com aqueles que executam a atividade fim: entrar em campo".


Apesar de assumir a responsabilidade e assegurar que levará a "marca para sempre", a diretoria pondera: o Coritiba não irá parar. "Em uma semana, o clube passará por uma eleição e nela será fundamental a participação dos sócios analisando, compreendendo, discutindo e separando discursos eleitoreiros daquilo que realmente se aplica à realidade deste esporte. Erros e acertos continuarão acontecendo. Resta a maturidade para entendermos nosso papel e como deveremos andar por nossos rumos".

(Com Agência Brasil e Agência Estado)


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