O futuro de Cássio dominou o ambiente da Neo Química Arena na goleada do Corinthians sobre o Argentinos Juniors, como era de se esperar. O tratamento dado ao ídolo alvinegro, tanto dentro do grupo quanto vindo das arquibancadas, evidencia a sua grandeza no clube do Parque São Jorge.
REVERÊNCIA E APOIO
O ídolo corintiano foi ovacionado por torcedores antes de a bola rolar e ao final do jogo. Ele ouviu seu nome entoado pelo estádio durante o aquecimento e também na saída de campo. E agradeceu.
A presença, mesmo que no banco, já foi motivo de comemoração entre os corintianos. O camisa 12 foi relacionado para a partida e esteve no banco de reservas enquanto trata com a diretoria sobre a sua permanência no clube.
A possível ida de Cássio ao Cruzeiro foi o assunto mais quente do pós-jogo. O Corinthians não só saiu com a classificação garantida como convenceu, mas os holofotes estavam nos próximos passos do ídolo.
Ele mesmo se esquivou sobre o tema, mas o técnico e companheiros de time demonstraram o impacto que o goleiro tem no vestiário. Enquanto Cássio disse que se pronunciará no momento certo, quem convive com ele o exaltou e demonstrou apoio.
O técnico António Oliveira sublinhou a grandeza do goleiro e se declarou: "Um dia vou morrer feliz por dizer que fui treinador dele". O comandante português ouviu perguntas sobre o goleiro quatro vezes na coletiva e afirmou que não será ele quem decidirá a vida do jogador.
Novo titular da posição, Carlos Miguel transbordou sua gratidão e pediu para Cássio ficar, ressaltando que a palavra final cabe ao ídolo. Questionados na zona mista, Breno Bidon e Cacá destacaram a importância dentro do elenco de contar com a liderança do veterano de 36 anos, há 12 no clube.
"É o maior ídolo da história do clube e isso não se apaga. Vai ficar gravado nas paginas douradas do clube. Não sou quem que vou decidir a vida do Cássio. (...) Essas questões serão decididas entre diretoria e o Cássio, que melhor que ninguém saberá dar melhor solução à situação. Tenho enorme prazer desta quarta-feira (15) já me considerar amigo dele. Um dia vou morrer feliz por dizer que fui treinador do Cássio", disse António Oliveira.
"Tenho a maior a gratidão pelo que ele fez por mim. Se nesta quarta-feira (15) eu venho jogando, é graças a ele também. Ele para mim é um pai, um cara que cuida bastante de todos. A decisão eu não sei, não cabe a mim, eu agradeço muito a ele por tudo aqui, eu peço que ele fique", afirma Carlos Miguel.
"Ele sabe que é um ídolo, sabe a importância dele aqui dentro. O quanto é importante a palavra dele no vestiário, é o que está fazendo, nos motivando e nos cobrando. Está sendo importante para a gente entrar motivado para o jogo. Cássio sabe a importância dele, isso é coisa pessoal dele", falou Cacá.
"Não tem o que falar, é uma decisão dele, dos empresários, da diretoria. O que ele decidir, a gente apoia ele", diz Breno Bidon.