A bola vai rolar no gramado do Mundial do Catar apenas em novembro, mas dentro das quatro linhas do álbum de figurinhas, a Copa do Mundo já começou com direito a reunião de família e amigos, negociação de jogadores e até suspiros de apreensão antes de abrir cada pacotinho, como se fosse cobrança de pênalti na fase final da Copa.
Em Londrina, a torcida de colecionadores se reúne aos domingos no Mercado Shangri-lá, ponto de encontro dos aficionados pelo álbum do Mundial de Seleções, de quatro em quatro anos. Na manhã ensolarada de domingo (28), pais e filhos, jovens e idosos, iniciantes e colecionadores “profissionais” dividiam os metros quadrados da praça, como uma torcida na arquibancada, que espera encontrar os seus ídolos no campo, ou neste caso, dentro de um pacote de figurinhas.
De mãe para filho
A paixão por coleções passou de mãe para filho na família Castellote e ganhou o ingrediente que faltava para virar tradição. Em 2014, a administradora Sônia Castellote incentivou o filho de 10 anos a colecionar as figurinhas do Mundial no Brasil e completar o álbum das Copas do Mundo se tornou um laço genético com tempo de qualidade e diversão entre mãe e filho.
Hoje, com 18 anos, Leonardo já tem 70% do álbum do Mundial do Catar completo e administra as figurinhas por um aplicativo. “Muita coisa mudou nestes oito anos. Antes, minha mãe fazia uma tabela de Excel para a gente saber quais as figurinhas faltavam. Além disso, os preços subiram bastante em relação ao álbum da Rússia em 2018”, afirmou.
Na última Copa do Mundo, o álbum custava R$ 7,90 e o pacote de figurinhas R$ 2,00. Neste ano, o mercado da bola está inflacionado. O preço do álbum foi para R$ 12,00 e o pacote dobrou e custa R$ 4,00 com cinco figurinhas. Para completar a coleção, o investimento é de mais de R$ 500,00.
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