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Campeonato Brasileiro

Convicções de Cuca e Tite marcam clássico entre Palmeiras e Corinthians

Agência Estado
12 jun 2016 às 12:38

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Palmeiras e Corinthians fazem o primeiro clássico no estádio Allianz Parque, em São Paulo, com torcida única, neste domingo, às 16 horas, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro, comandados por treinadores vencedores (são os últimos brasileiros campeões da Copa Libertadores) e de perfis bem distintos.

De um lado está a emoção de Cuca. Um treinador que ficou famoso por seus títulos, mas também por suas manias e atitudes que fogem da mesmice do futebol. O técnico do Palmeiras não tem o menor pudor de mexer na formação e no esquema tático de sua equipe. Ele escala quem entende estar melhor naquele momento. No ataque, por exemplo, muda constantemente os jogadores.

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Mistério também faz parte de seu perfil. O técnico chegou ao Palmeiras prometendo não esconder o time, mas o que menos fez foi falar quem iria jogar. Pelo contrário. Neste domingo, por exemplo, não terá seu principal zagueiro, Vitor Hugo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Fez pelo menos dois treinos com o substituto do defensor, mas sem a presença da imprensa. Edu Dracena e Roger Carvalho são os mais cotados.

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Medo de fazer mudanças drásticas na equipe, durante os jogos, também passa longe do palmeirense. Várias vezes já tirou jogador de defesa para colocar atacantes e vice-versa. Cuca também mostra personalidade e gosta de assumir responsabilidades. Tanto que antes mesmo de estrear no Brasileirão, garantiu que o seu time seria o campeão nacional e repetiu isso outras vezes.

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Outra característica interessante é cobrar publicamente um jogador quando sente que se faz necessário. Foi assim com Dudu, após o clássico contra o São Paulo, ao criticar a má atuação de seu atacante, quando ele atuou improvisado como meia. O jogador não gostou, mas após conversa entre ambos, fizeram as pazes.


Do outro lado do clássico, o pragmático e detalhista Tite evita mudanças bruscas no time titular e principalmente na formação tática. A preferência é repetir a equipe o maior número de vezes possível.

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O estilo Tite mostra que dá uma chance suficiente a qualquer jogador - e às vezes é até criticado por isso. Por exemplo: ele insistiu com André (e foi chamado de teimoso) e demorou para sacá-lo da equipe. Luciano, seu substituto e que joga o clássico, ainda não marcou gols desde que assumiu a posição. Ainda assim será titular contra o Palmeiras.


Ele também não se refuta em barrar um medalhão do time. Desta vez foi Cássio, decisivo nos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes da Fifa e ídolo da torcida. O goleiro começou o ano mal e virou reserva. Situações como essa já haviam acontecido na passagem anterior, com o zagueiro Chicão e o atacante Alexandre Pato.


O time que Tite treina é o time que joga. Ele testa as suas variações durante os treinamentos, como alternar o posicionamento de Marquinhos Gabriel e Giovanni Augusto, e replica isso nos noventa minutos. Alterações táticas drásticas só acontecem durante determinados jogos caso o time precise virar o jogo.

Duro nos vestiários com os jogadores, fora dele evita criticar atletas em entrevistas após os jogos ou sequer individualizar uma derrota. Seu discurso é pés no chão. Após as eliminações no Campeonato Paulista e na Libertadores, foi claro a falar das ambições do Corinthians no Brasileirão: "Final da Copa do Brasil e classificar na Libertadores pelo Brasileiro. Sonhamos com o título, claro, mas objetivo real é esse".


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