Audiência pública para discutir a organização dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman
Leonardo Gryner: não há atrasos e todas as perguntas feitas pelo TCU já foram respondidas.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos garantiu, nesta quarta-feira (12) na Câmara dos Deputados, que as obras previstas para a realização dos Jogos Olímpicos 2016 serão entregues dentro do prazo.
Durante audiência pública na Comissão do Esporte, representantes de comitê prestaram contas sobre o andamento de obras e a aplicação de recursos financeiros. Eles ainda informaram que os R$ 7 bilhões previstos em investimentos estão dentro do cronograma financeiro do evento que será realizado na cidade do Rio de Janeiro.
Promessas de investimentos
Segundo o vice-diretor geral do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, Leonardo Gryner, Copacabana, por exemplo, foi o local escolhido para promoções internacionais e eventos públicos.
Na Barra da Tijuca, está sendo construído o primeiro campo público de golfe, além do parque olímpico da região, que abrigará o primeiro centro olímpico para treinamento da América Latina.
Em Deodoro, as instalações usadas nos Jogos Mundiais Militares serão aproveitadas para a construção de um parque olímpico e do Centro Olímpico de Hipismo, além de um centro aquático.
O autor do requerimento para o debate, deputado Marcelo Matos (PDT-RJ), disse que "ainda falta muita coisa que deve ser explicada", principalmente, os pontos relacionados aos investimentos públicos feitos pelo governo federal. "A preocupação da comissão é geral, como o acompanhamento das obras, dos recursos que estão sendo investidos nas obras do parque olímpico e de toda a estrutura de mobilidade urbana do Rio de Janeiro", completou.
Fiscalização do TCU
Durante a audiência pública, o deputado Marcelo Matos também disse que os auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) estão com dificuldades em obter os relatórios sobre o fluxo de dinheiro, além do cronograma das obras.
Mesmo com investimentos do setor privado, segundo Marcelo Matos, o TCU tem por obrigação fiscalizar o andamento das obras, já que "se o cronograma não for cumprido sua execução ficará a cargo do poder público."
Entretanto, Leonardo Gryner disse que não há atrasos e que todas as perguntas feitas pelo tribunal já foram respondidas. "Já respondemos o TCU. Eles enviaram um ofício e nós fornecemos nossa projeção de receita. Mas, é claro, que parte dessa receita é de bilheteria. Inclusive, recebemos a visita, no Rio, de alguns técnicos do TCU, que, além de visitarem obras, fiscalizaram alguns de nossos documentos".
Outras audiências
Ao final da audiência, Marcelo Matos antecipou que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, virá à Câmara dos Deputados, no dia 3 de dezembro, para discutir também o cronograma dos jogos olímpicos.
Além disso, a comissão pretende convidar representantes do TCU para debaterem as metas financeiras e investimentos já realizados do evento.
As Olímpiadas do Rio 2016 acontecerão entre os dias 5 e 21 de agosto e os Paralímpicos entre os dias 7 e 18 de setembro.