Futebol

Comitê de Reformas da Fifa inicia trabalhos com a sua primeira reunião

02 set 2015 às 16:11

O Comitê de Reformas da Fifa, que vai apresentar propostas de mudanças na entidade em crise, começou a trabalhar nesta quarta-feira. Ex-diretor-geral do Comitê Olímpico Internacional (COI), o suíço Francois Carrard, que lidera um grupo de 12 membros, formado por dirigentes de futebol e advogados, iniciou uma sessão de dois dias.

Os membros da equipe de Carrard, todos escolhidos pelas seis confederações continentais que compõem a Fifa e por parceiros da entidade, se recusaram a realizar qualquer comentário sobre o encontro antes da entrevista coletiva agendada para esta quinta-feira pelo advogado suíço.


O presidente da Fifa, Joseph Blatter, fez um discurso de abertura da reunião, antes de Domenico Scala, chefe do comitê independente de auditoria da entidade, apresentar as suas ideias.


Scala quer reestruturar o muito criticado Comitê Executivo da Fifa e diminuir sua influência, além de impor limites de mandatos para seus membros e publicação dos salários. A ideia é também adotar um controle mais rigorosos dos candidatos nas eleições.


O documento com as propostas de Scala vão ser entregues a Carrard, que criará uma comissão para avaliá-las, além de formular outras com o seu comitê. As federações afiliadas à Fifa vão votar as propostas de Carrard próximo ano.


A comissão foi criada após o escândalo que causou o indiciamento de 14 pessoas, entre empresários e dirigentes da Fifa, no fim de maio. Entre eles está o ex-presidente da CBF José Maria Marin, ainda detido em Zurique.


As prisões aumentaram a pressão sobre Joseph Blatter, que chegou a ser reeleito para novo mandato presidencial, mas anunciou sua saída quatro dias depois. Diante das críticas e cobranças dos patrocinadores da entidade, o suíço criou o Comitê de Reformas, com liberdade para propor mudanças na Fifa, além de convocar novas eleições.


Carrard foi escolhido para liderar o Comitê por causa da sua grande experiência na área. O suíço supervisionou nas mudanças no COI após os escândalos na escolha de Salt Lake City para sediar os Jogos de Inverno de 2002.

Ele atuou como diretor-geral do COI por 14 anos, até 2003, em um período que incluiu o escândalo que levou à saída ou renúncia de dez membros envolvidos no escândalo da entidade.


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