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Em tratamento

Com Neymar mais visado, Felipão busca outras soluções

Agência Estado
30 jun 2014 às 08:40

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- Divulgação
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Neymar vai ser avaliado nesta segunda-feira pelo comando da seleção brasileira. O atacante sofreu uma pancada na coxa esquerda, no começo do jogo contra o Chile, e deve passar por tratamento intensivo de recuperação para poder enfrentar a Colômbia. Segundo o médico José Luiz Runco, Neymar vai jogar. Felipão conta com o craque e deve preparar uma fórmula para "desencaixotar" seu principal jogador da marcação adversária.

Runco disse que o problema de Neymar não é sério. "Ele recebeu um tostão, uma paulistinha na coxa. É claro que está com dores, mas acredito que vai estar melhor já na apresentação (dos jogadores, segunda-feira, na Granja Comary). Nenhum atleta preocupa para o jogo de sexta-feira em Fortaleza." De acordo com o médico da seleção, os atletas deveriam relaxar, refrescar a cabeça para voltarem zerados depois da folga (nesta segunda-feira pela manhã). Um dos que mais deveriam aproveitar o domingo, segundo Runco, era Neymar.

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O atacante tem sofrido uma marcação implacável. Nos três primeiros jogos da Copa, recebeu nove faltas. Contra o Chile, foram cinco faltas. O desgaste físico e mental é inevitável. E a pressão, maior ainda. Neymar acusou o golpe após a partida contra o Chile.

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"Não poderíamos ser eliminados nas oitavas. Estamos no meio do caminho. Percebi o peso que tem uma Copa do Mundo", disse Neymar ao comentar os motivos que o levaram a desabar, chorando, no gramado quando acabou a decisão por pênaltis contra o Chile. No sábado à noite, já em plena folga, o craque postou na rede social Instagram uma foto da seleção momentos antes da cobrança dos pênaltis no Mineirão. E sentenciou: "Guerreiros não fogem da luta e não podem correr... ninguém vai poder atrasar quem nasceu para vencer. E a caminhada continua...".

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Felipão, mesmo com toda a pressão em cima de Neymar, garante que o jogador não vai se intimidar. "Ele está pronto desde os 16, 17 anos", disse.


No jogo contra o Chile, além de sofrer muitas faltas, Neymar recebeu forte marcação, sempre com três a quatro adversários no seu encalço. Não teve a menor liberdade nos 120 minutos (tempo normal e prorrogação). De acordo com o "mapa de calor" (medição do espaço que o jogador mais ocupou na partida), Neymar passou a maior parte do tempo no setor esquerdo. Quase não conseguiu escapar da marcação e foi vítima fácil das faltas chilenas.

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SEM ESPAÇO - Mesmo diante dos problemas que Neymar enfrentou para se livrar dos marcadores, Felipão não dá pistas de que vai mexer na estrutura do meio de campo para facilitar a vida do craque, sexta-feira, contra a Colômbia. Analistas insistem com a possibilidade de Oscar trabalhar mais pelo meio - ele tem jogado aberto pelas pontas - para aumentar o diálogo com Neymar no setor.


Outra hipótese seria a entrada do meia William, na vaga de Hulk, também para trocar passes com Oscar e Neymar, transformando, assim, a configuração da seleção de Felipão.


Mudando ou não a formação do meio de campo, o treinador tem consciência de que Neymar está sobrecarregado. Até o terceiro jogo da primeira fase, o craque era o faz-tudo da seleção. Batia todos os escanteios, faltas próximas da área ou nas laterais, além de pênaltis.

Percebendo que poderia aumentar ainda mais o desgaste do craque, Felipão passou a fazer um revezamento nas cobranças de escanteios e faltas nas laterais com Hulk e Marcelo. Deve repetir essa nova ordem contra a Colômbia.


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