No embate contra Didier Deschamps, técnico da França, Dunga levou a melhor nesta quinta-feira (26) e chegou ao sétimo jogo consecutivo com vitória, uma campanha de 100% desde seu retorno à seleção brasileira. Mas, sem entusiasmo, vê os objetivos ainda distantes. No próximo amistoso, contra o Chile, no domingo, em Londres, o técnico prepara uma equipe modificada para poupar os atletas e dar oportunidades a quem busca um lugar de titular.
Em entrevista depois da vitória por 3 a 1, Dunga estava sereno após a demonstração de força de seu time no Stade de France. Frisou em vários momentos não ter encarado o choque como uma revanche em relação ao 3 a 0 da final da Copa de 1998, mas sim como um desafio, por enfrentar uma equipe forte. "Não vejo como uma revanche, mas é sempre positivo ganhar de uma seleção forte como a da França", afirmou, tirando o peso da derrota do passado. "O que passou, passou. Criar uma atmosfera além do necessário acaba atrapalhando. O jogo contra a França fala por si, com grandes campeões de cada lado. Se colocar uma carga maior, acaba tendo efeito contrário."
Segundo o técnico, além de enfrentar um adversário forte, bem postado, a seleção brasileira ainda teve de enfrentar a falta de entrosamento, já que estava há três meses sem treinar. "A equipe se mostrou bem, estava compacta, saiu para o jogo", elogiou, admitindo que teve de reposicionar a equipe para evitar os problemas com a bola parada, que atribuiu à qualidade do adversário, e não a falhas da defesa. Dunga também não entrou em avaliações individuais, limitando-se a citar nomes, como o de Firmino, que estreou como titular.
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Sobre o aproveitamento impecável nos amistosos desde que assumiu, após o fracasso da Copa do Mundo, Dunga elogiou o grupo que montou. "Não sou eu, são os jogadores que estão fazendo em campo", disse ele. "Estamos apenas no caminho. O nosso objetivo hoje está muito longe de ser tratado."
CHILE - Para o jogo contra o Chile, no domingo, no Emirates Stadium, em Londres, Dunga pretende mandar a campo um time modificado, ainda que preservando a base. As mudanças levarão em conta o desgaste dos atletas, assim como a necessidade de dar oportunidades aos reservas. "Vamos ver quais jogadores estão mais ou menos desgastados. Mas não podemos trocar todos. Vamos manter uma base", garantiu.