O técnico Fabio Capello vai permanecer no comando da seleção da Rússia, apesar do fracasso da equipe na Copa do Mundo. Os russos foram eliminados na fase de grupos do torneio no Brasil sem vencer sequer um jogo, o que provocou especulações sobre a possibilidade do italiano ser demitido.
"Se eu estou aqui, então é claro que eu vou continuar trabalhando com a equipe russa. Já está confirmado", disse Capello, nesta quarta-feira após uma reunião com dirigentes da União de Futebol da Rússia (RFU, na sigla em inglês).
Capello afirmou que possui a confiança da RFU e do Ministério dos Esportes da Rússia e que pediria demissão se sentisse que teria perdido esse apoio. Em janeiro, o treinador assinou uma extensão de contrato que o levará a ficar no comando da seleção russa até a Copa do Mundo de 2018. Esse acordo contaria com uma cláusula que obrigaria a RFU a pagar uma indenização de ao menos US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 56 milhões) se o demitisse nesse momento.
O treinador, de 68 anos, declarou anteriormente que o trabalho na Rússia será o último da sua carreira. O italiano assumiu a seleção em julho de 2012, cinco meses depois de sair do comando da Inglaterra.
Capello guiou a Rússia à Copa do Mundo, terminando à frente de Portugal no seu grupo nas Eliminatórias Europeias, e estabeleceu a meta de alcançar as quartas de final no Brasil, mas fracassou no torneio.
Com a permanência assegurada, Capello agora tem como objetivo classificar a seleção russa, 23ª colocada no ranking da Fifa, para a Eurocopa de 2016. Nas Eliminatórias, os russos vão disputar o Grupo G e terão pela frente a Suécia, a Áustria, Montenegro, a Moldávia e Liechtenstein, seu primeiro adversário, em duelo marcado para o dia 8 de setembro.