O Brasil jogou para o gasto na noite deste domingo no estádio Monumental de Santiago, no Chile, e garantiu sua presença nas quartas de final da Copa América. Apesar da ausência de Neymar, que viu o jogo do camarote, a seleção de Dunga venceu por 2 a 1 a Venezuela, com direito a susto e sufoco no fim, e encara agora o Paraguai, no próximo sábado, em Concepción, a partir das 18h30 de Brasília, pelas quartas de final da competição.
A vitória brasileira, além de desclassificar os venezuelanos, definiu os outros confrontos das quartas do Copa América no Chile. A Colômbia encara a Argentina, na sexta, Bolívia e Peru duelam na quinta e Uruguai e Chile abrem as quartas de final na próxima quarta-feira. Todos os duelos começam às 20h30, horário de Brasília.
Com a presença de Neymar no camarote do estádio Monumental, o Brasil começou a partida bem solto, procurando o gol da Venezuela para abrir o marcador e fugir da pressão de ter de segurar o empate. E não demorou muito para o gol sair. Aos oito minutos, em escanteio pela direita, Robinho cobrou para o meio da área e Thiago Silva, na marca de pênalti, chegou batendo de primeira para fazer um belo gol e abrir o placar.
A Venezuela esboçou uma reação, mas com muita deficiência técnica, sem assustar o goleiro Jefferson. O Brasil então se aproveitava dos espaços deixados pelos venezuelanos para encaixar contra-ataques. Num deles, aos 15, Daniel Alves passou para Robinho, que chegou chutando de primeira, de fora da área. A bola passou bem perto do travessão, dando um susto no goleiro Baroja.
O time de Dunga mantinha um certo volume de jogo e mostrava mais tranquilidade na execução das jogadas, diferente do que ocorreu no duelo com a Colômbia. E aos 23, em outra bela jogada, Willian fez bom lançamento para Filipe Luís, que dominou firme e soltou a pancada, mas Baroja espalmou para escanteio.
Na chance mais perigosa dos venezuelanos na primeira etapa, depois da boa troca de passes, Guerra passou para Cichero, que fez cruzamento fechado e quase surpreendeu Jefferson, com a bola passando com perigo sobre a meta do Brasil.
Na volta do intervalo, ficou evidente a fragilidade da Venezuela quando o Brasil não teve nenhum trabalho para ampliar o marcador. Em boa jogada de Willian pela esquerda, o meia do Chelsea achou Firmino, nas costas do zagueiro, livre, para marcar o seu na partida, aos seis minutos.
A vantagem deixou o jogo ainda mais favorável ao Brasil, que esperava a limitada Venezuela armar suas jogadas para sair em rápidos contra-ataques. Numa exceção na partida, Arango cobrou bem uma falta aos 10 minutos, obrigando Jefferson a fazer uma boa defesa.
Com este cenário, a seleção brasileira estabelecia um ritmo de treino e dominava todas as ações da partida, bloqueando as jogadas mais agudas do adversário. Com a entrada de David Luiz, para jogar à frente dos zagueiros, e Diego Tardelli, para dar mais velocidade no ataque, o time de Dunga criava algumas chances, mas não finaliza da maneira ideal para ampliar o marcador.
No lado defensivo, a equipe voltou a mostrar falhas e quase viu a Venezuela diminuir aos 25, quando o ataque venezuelano tramou boa jogada com Guerra, que rolou para González concluir em cima de Thiago Silva, para alívio de Jefferson.
Apesar da superioridade, Dunga parecia não estar satisfeito com a equipe e promoveu a entrada de Marquinhos no lugar de Robinho, deixando a seleção com quatro zagueiros originais, além dos laterais, para evitar o "forte volume" de jogo da Venezuela.
Com as alterações, o técnico brasileiro atraiu o time venezuelano, que finalmente marcou seu gol e pôs fogo no confronto, aos 38. Em falta boba de Thiago Silva, um dos seis defensores em campo, Arango bateu com classe, Jefferson defendeu e, no rebote, Fedor conferiu de cabeça, quase no chão, para as redes.
Com o gol, o Brasil se desequilibrou em campo e permitiu um sufoco impressionante da Venezuela, que só não marcou porque Fedor não conseguiu completar de cabeça um cruzamento nos descontos da partida.