Técnico
De um lado, o Brasil já classificado para a Copa da Alemanha; do outro, a eliminada Bolívia. Em ritmo de jogo-treino, as duas seleções empataram em 1 a 1 neste domingo, nos 3.600 metros da altitude de La Paz. O time do técnico Carlos Alberto Parreira chegou a sair na frente com gol de falta de Juninho Pernambucano, mas os donos da casa igualaram na etapa final com Castillo.
Parreira colocou em campo uma equipe sem Dida, Cafu, Lúcio, Roberto Carlos, Emerson, Zé Roberto, Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo. Alguns brasileiros jogaram buscando ainda uma vaga no Mundial-2006, como o lateral-esquerdo Gilberto, e os meias Alex e Ricardinho.
Dos dois lados, os jogadores pareciam estar em marcha lenta, enquanto a bola às vezes corria demais, devido ao ar rarefeito da altitude de La Paz. Por isso, os chutes de longe foram a tônica do primeiro tempo. Num deles, Robinho passou por entre dois marcadores e obrigou Arias a defender em dois tempos.
Um dos arremates mais certeiros aconteceu aos 13 minutos. O boliviano Hoyos acertou um chute forte, mas a bola não foi a gol, e sim na cabeça de um desatento repórter, que foi ao chão.
Sem criatividade, a opção do Brasil passou a ser a bola parada. E assim, aos 25, Juninho cobrou bem uma falta e a bola bateu no travessão e em Arias antes de entrar: 1 a 0.
Pouco percebido na partida, o goleiro Júlio César teve trabalho dobrado aos 31. Primeiro, Baldivieso levantou da direita, a zaga do Brasil falhou e Raldez desviou de cabeça: o arqueiro defendeu no reflexo. Depois, Baldivieso soltou uma bomba de fora da área e o Júlio espalmou para o lado.
Na etapa final, no primeiro lance de perigo, a Bolívia chegou ao empate. Aos quatro minutos, Pachi levantou na área, Botero ajeitou de cabeça - Cicinho ficou olhando - e Castillo emendou de bate-pronto, no ângulo: 1 a 1 - Roque Júnior também ficou olhando.
Além do gol boliviano, de bom no segundo tempo só mesmo um desconsertante drible de Robinho em um marcador, na área adversária. Mas o Rei do Drible teve azar porque a bola esbarrou na zaga e saiu. Adriano ainda teve chance de dar a vitória ao Brasil, mas o Imperador, na cara do gol, exagerou na força e mandou a bola por cima do gol.
A Seleção Brasileira volta a campo - desta vez com força máxima - na próxima quarta-feira, quando recebe a Venezuela, em Belém. Se jogarem em ritmo lento de novo, os brasileiros deverão ouvir desta vez o protesto dos torcedores paraenses.
FICHA TÉCNICA:
BOLÍVIA 1 x 1 BRASIL
Local: Estádio Hernando Siles, La Paz (BOL)
Data/hora: 9/10/2005 - 17h (Horário de Brasília)
Árbitro: Jorge Larrionda (URU)
Auxiliares: Fernando Cresci (URU) e Wálter Rial (URU)
Renda/público: não disponíveis
Cartões amarelos: Gutierrez, Raldez, Cristaldo (BOL); Roque Júnior (BRA)
GOLS: Juninho Pernambucano, 25'/1ºT (0-1); Castillo, 4'/2ºT (1-1)
BOLIVIA: Arias; Doile Vaca, Raldez e Jauregui; Hoyos (Castillo, intervalo), Angulo, Cristaldo, Baldivieso e Galindo; Gutierrez (Pachi, intervalo) e Botero (Paz, 32'/2ºT). Técnico: Ovidio Messa.
BRASIL: Júlio César; Cicinho, Luisão, Roque Júnior e Gilberto (Gustavo Nery, 13'/2ºT); Gilberto Silva, Renato (Alex, 13'/2ºT), Juninho Pernambucano (Júlio Baptista, 33'/2ºT) e Ricardinho; Robinho e Adriano. Técnico: Carlos Alberto Parreira.