O Botafogo declarou oposição direta ao árbitro Raphael Claus, que esteve na última Copa do Mundo. E esse movimento inclui também a árbitra de vídeo Daiane Muniz. Ambos são do quadro da Fifa.
O alvinegro enviou nesta terça-feira (23) um ofício à CBF com alguns pedidos envolvendo a arbitragem.
O primeiro é que Raphael Claus seja tirado da escala do clássico de domingo, contra o Flamengo.
A diretoria alvinegra pede ainda que Claus não seja escalado para jogos do Botafogo ou de qualquer equipe enquanto a CPI da Manipulação de Jogos, que tramita no Senado, não acabar.
O ofício foi enviado ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, ao presidente da comissão de arbitragem, Wilson Seneme, além dos diretores de competições e integridade da CBF, Júlio Avellar e Eduardo Gussem. Ainda não houve resposta ao Botafogo.
As CPIs no Brasil tem duração de 120 dias, podendo ser prorrogadas por mais 60 dias.
O Botafogo alega que John Textor, dono da SAF alvinegra, mencionou em depoimento à CBF erros de Claus e Daiane em jogos do Brasileirão 2023.
Um dos lances envolvendo o árbitro paulista foi na partida contra o próprio Flamengo, ano passado. O Botafogo reclama de impedimento no primeiro gol rubro-negro.
A escala do clássico de domingo, inclusive, foi divulgada enquanto Textor estava em Brasília falando com os senadores da CPI.
"O árbitro em questão não goza da necessária independência e imparcialidade - nem da confiança do público e demais atores envolvidos, incluindo o próprio Flamengo - para arbitrar partidas da SAF Botafogo, pelo menos não enquanto as investigações da CPI não forem concluídas", diz trecho do ofício do Botafogo.
Raphael Claus faz parte de uma escala "pesada" que a CBF fez para o clássico de domingo.
A comissão de arbitragem colocou árbitro Fifa até mesmo para funções adjacentes, como quarto árbitro (Anderson Daronco) e assistente 2 do VAR (Bruno Arleu).