O Atlético-MG não passou de um empate em casa por 1 a 1 diante do Nacional, do Paraguai, na noite da última quarta-feira pela Libertadores. Depois de sair na frente, a equipe mineira cedeu a igualdade ainda no primeiro tempo e, a partir daí, mostrou nervosismo em campo, abusando dos lançamentos na busca pela vitória. Essa "pressa" foi criticada pelo técnico Paulo Autuori após a partida.
"O jogo foi muito pegado, muito forte. O adversário fez um jogo muito bom, com boa marcação. Nós não fizemos um jogo como queríamos, entramos com muita pressa, abusando das bolas diretas quando precisávamos trabalhar um pouco mais, ter mais calma. Mas não faltou luta dos jogadores até o final, que é o mais importante. Facilitamos a maneira do adversário defender porque optamos sempre pela jogada mais reta, direta. Entramos na pilha de que a bola boa é a bola longa, lá dentro, e não é assim", comentou.
Apesar do placar inesperado em casa, o Atlético-MG segue com vida tranquila na Libertadores, na liderança do Grupo 4, com oito pontos, precisando apenas de uma vitória nas últimas duas rodadas para garantir a vaga sem depender de nenhum outro resultado. Talvez por isso, o Autuori tenha visto pontos positivos no empate de quarta-feira.
"Nossos jogadores trabalharam bastante, desde o primeiro até o último minuto, e tivemos a chance de ganhar o jogo, mas não fizemos. O adversário foi extremamente competente na maneira em que chegou a seu gol, de falta, e fez um jogo muito concentrado, com uma marcação muito forte. Jogo de Libertadores é isso", analisou.
O treinador só mostrou irritação quando perguntado se a atuação do time havia sido ruim porque os jogadores não estavam entendendo as instruções dadas por ele. "A equipe pode jogar mais, sempre se pode, mas não tem a ver com entender ou deixar de entender o que foi pedido. Tivemos momentos bons, mas não conseguimos manter durante todo o jogo. Mas chances para ganhar os jogos temos tido."