Arnaldo Tirone é o novo presidente do Palmeiras. O empresário de 60 anos venceu as eleições e vai comandar o clube pelos próximos dois anos (2011-12). Enquanto 275 conselheiros votavam (dois se abstiveram) no ginásio da Academia de Futebol, a torcida protestava do lado de fora.
Quase 200 palmeirenses levaram faixas e pediram por "diretas já". Os três candidatos também não foram poupados da ira da torcida. Tirone, Paulo Nobre e Salvador Hugo Palaia sofreram hostilidades - reflexo das más campanhas da equipe.
Se o protesto da torcida foi pacífico, sem violência, o que se viu dentro da Academia não é exemplo para ninguém. Com os ânimos acirrados, Wlademir Pescarmona, que até esta quarta-feira era diretor de Futebol, com outros quatro conselheiros, resolveram tirar satisfação com um fotógrafo que "desrespeitou o Palmeiras no Twitter". A confusão terminou em briga.
Pescarmorna era um dos mais exaltados na sala de votação. Para começar, as contas de 2010 foram rejeitadas. Depois, a turma da situação viu a derrota e ainda teve de aturar gozações dos adversários. Belluzzo votou em Nobre e foi embora antes de saber o resultado final: 158 votos para Tirone, 96 para Nobre e apenas 21 para Palaia. Uma vitória fácil.
Tirone chegou à votação com o favoritismo a seu lado. O candidato da oposição ganhou força após o racha na situação entre Palaia e Nobre - um esperava o apoio do outro e ninguém chegou a um acordo.
Mustafá Contursi, polêmico presidente que dirigiu o clube entre 1993 e 2005, saiu como grande vitorioso do pleito. Foi uma volta por cima na política do Palestra Itália. Antes do anúncio do resultado, estava otimista com a vitória de sua chapa. E afirmou que, mesmo não estando diretamente no comando, vai ajudar "interna e externamente". "E vamos ter uma posição vigilante, assim como tivemos nos últimos quatro anos."