Os cerca de R$ 14 milhões desembolsados pelo empresário Vinícius Pinotti para trazer Centurión para o São Paulo animaram o presidente Carlos Miguel Aidar a buscar novos investidores dispostos a fazer benfeitorias no clube. Com recursos limitados e atravessando dificuldades financeiras, o dirigente busca formas alternativas de gerar receitas e ressuscitar uma fórmula de sua primeira gestão.
Durante os anos 1980, são-paulinos ilustres criaram o Grupo de Apoio ao Tricolor para discutir o clube e buscar ideias para melhorar a instituição. A ideia de Aidar é aproveitar a projeção da iniciativa de Pinotti e recriar o grupo com uma nova roupagem.
"Com essa vinda do Vinícius Pinotti, é reconstituir um grupo de empresários não para pôr dinheiro apenas, mas por serem pessoas de informação, de conhecimento e que podem contribuir com o São Paulo. Qualquer ajuda será bem-vinda. Os clubes vivem momentos difíceis, mas quando você encontra alguém capaz de fazer esse aporte que é absolutamente pagável, o São Paulo está aberto a quem quiser a ajudar."
Além de emprestar o dinheiro sem exigir qualquer contrapartida de retorno, Pinotti ainda sequer assinou um contrato para formalizar a transação. Ele tirou dinheiro da própria conta para bancar a contratação para não envolver sua empresa.
"É uma coisa de torcedor, tenho uma tatuagem no braço do clube, sou fanático. Tenho outras pessoas que gostariam de investir aqui e estou fazendo isso porque confio muito na atual gestão e na transparência do presidente Aidar. Não quero lucrar com isso, quero que o São Paulo volte a ganhar."