Com duas semanas de atraso, o lateral-esquerdo Ismaily é outro dos jogadores "desaparecidos" que aceitou retornar à Ucrânia e se apresentará ao Shakhtar Donetsk. Em nota divulgada nesta sexta-feira por seus empresários, o jogador brasileiro alegou que a recusa em se reapresentar foi por conta do medo possíveis ataques na região, que é um dos palcos centrar de conflitos políticos entre ucranianos e russos.
Na publicação, os agentes do jogador, João Ierardi e Eduardo Galdão, afirmaram que um dos receios do atleta é pelo fato de sua esposa estar grávida de três meses. "Apesar da incerteza que permanece em relação à segurança dos atletas e de qualquer cidadão que esteja em definitivo ou de passagem pelo território Ucraniano , o atleta retornou ao Brasil para resolver problemas particulares enquanto se definem algumas questões e não com a ideia de não mais retornar ao clube", escreveram.
Depois de muita conversa entre a diretoria do Shakhtar e os agentes, ficou acertado que o clube garantiria a integridade física de todos os atletas, assim como a impossibilidade de haver qualquer tipo de punição pela recusa do atleta em se apresentar na data estipulada. "O atleta Ismaily sempre cumpriu com suas obrigações com o clube, nunca causou qualquer tipo de problema, priorizando a disciplina e aplicação diante das determinações da comissão técnica e da diretoria".
Ismaily é o terceiro jogador do Shakhtar que se apresenta ao clube com atraso. O volante Fred e o atacante Facundo Ferreyra, que também estavam "desaparecidos", se juntaramu ao restante da delegação, que está concentrada em Kiev, por conta das tensões em Donetsk. Do elenco, apenas os brasileiros Dentinho, Alex Teixeira e Douglas Costa ainda se recusam a voltar ao país europeu.