A defesa de Robinho está preocupada com a integridade do ex-jogador, que foi preso na noite desta quinta-feira (21) por participar de um estupro coletivo na Itália em 2013. Robinho está na penitenciária de Tremembé, localizada no interior de São Paulo.
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"É um presídio, não é uma maravilha, precisa ter precaução e não colocar em risco a integridade física dele", disse José Eduardo Alckmin, advogado de Robinho, à CNN.
A defesa de Robinho teme que ele seja vítima de extorsão ou maus-tratos. O ex-jogador foi condenado, na Itália, a nove anos de prisão, e a Justiça brasileira homologou a transferência da pena.
O advogado afirmou ainda que a prisão só poderia acontecer após esgotadas as chances de recursos. A defesa de Robinho, por exemplo, pode recorrer da decisão de transferência da pena no STF (Supremo Tribunal Federal).
O CASO
Robinho e mais cinco amigos foram denunciados por estupro por uma mulher albanesa. O caso aconteceu no dia 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, na Itália. Até hoje, apenas ele e Ricardo Falco foram condenados.
Os outros quatro amigos de Robinho não foram condenados. Como todos já haviam deixado a Itália durante as investigações, eles não foram localizados pela Justiça para serem notificados para a audiência preliminar que aconteceu em 31 de março de 2016. Assim, o juiz resolveu separar os casos.
Em 2014, Robinho admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, mas negou violência sexual. Ele reforçou o discurso em 2020, em entrevista ao UOL.
Ainda em 2020, quando já havia sido condenado em primeira instância, ele acertou seu retorno ao Santos. O Peixe, no entanto, suspendeu o contrato com o atacante dias depois por causa da pressão da torcida e da imprensa pelo caso.
Em 2022, Robinho foi condenado na terceira e última instância da Justiça italiana a nove anos de prisão. Entretanto, ele nunca foi preso por já estar no Brasil, que não extradita seus cidadãos. Sendo assim, a Itália pediu para que o Brasil julgasse a possibilidade de o ex-jogador cumprir a pena em solo brasileiro.
O Ministério Público Federal se manifestou a favor da prisão de Robinho. O vice-procurador geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, mencionou as gravações feitas pela Justiça italiana que levaram à condenação de Robinho. Essas gravações foram publicadas pela primeira vez no podcast UOL Esporte Histórias - Os Grampos de Robinho.