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Drica Moraes fala sobre 4ª e 5ª temporada de 'Sob Pressão'

06 ago 2019 às 16:16

Homenageada pelo 23.º Cine PE, que lhe outorgou, no sábado (3), um prêmio Calunga especial por sua carreira, a atriz Drica Moraes encontrou-se, na tarde daquele dia, com a imprensa reunida no Recife. Falou do troféu, dizendo-se lisonjeada.

Acompanhada pelo filho Mateus, disse que é muito bom que a dramaturgia brasileira, de cinema e TV, esteja escrevendo tão bons papéis para mulheres de 50 anos. Um exemplo é a médica de 'Sob Pressão'. "Reuni-me esta semana (na verdade, a passada) com o diretor Andrucha Waddington e o (roteirista) Lucas Paraizo para debater a personagem. Estamos falando de mais duas temporadas, a quarta e a quinta, que a Globo confirmou para a equipe. Disse o que penso, e espero. É uma personagem tão rica que não gostaria que a doutora Vera ficasse estereotipada. Com as informações sobre o ex-marido e o filho, e um novo amor, a personagem tem tudo para ficar mais densa ainda."


Drica confirmou que colocou na médica muito do que viu como paciente, quando esteve, durante longos períodos de tratamento de câncer, tão próxima da morte. "Ter superado isso e voltado a trabalhar despertou em mim um apetite muito forte, uma coisa selvagem, uma urgência de atuar, de dar vida e sentimento a personagens diferentes de mim." O festival terminou no domingo à noite, com a outorga dos Calungas aos melhores filmes de longa e curta-metragem.


Em 2017, o festival viveu um momento de crise. Diretores tiraram seus filmes da seleção, acusando a organização de haver dado uma guinada ‘à direita’. A vitória de O Jardim das Aflições, de Josias Teófilo, sobre Olavo de Carvalho, acirrou o protesto. Com nova curadoria (de Edu Fernandes), o Cine PE deu outra guinada este ano. O palco do Cine São Luiz - "onde os artistas são soberanos", disse a apresentadora Nínive Caldas - abrigou críticas ao governo.


Venceram dois belos filmes - o longa Espero Tua (Re)volta, de Eliza Capai, sobre as ocupações de escolas por estudantes secundaristas de São Paulo, que estreia dia 15, e o curta Cor de Pele, de Lívia Perini.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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