Um executivo de televisão de Buffalo, no Estado americano de Nova York, foi condenado por esfaquear e degolar sua esposa. O assassinato aconteceu em 2009, seis dias depois que a mulher pediu o divórcio.
Muzzammil Hassan, que nasceu no Paquistão e é diretor de uma rede de televisão para muçulmanos nos Estados Unidos, nunca negou o assassinato de sua esposa, Aasiya.
Mas ele afirma ter sofrido abusos e estado constantemente com medo da mulher. Hassan disse ainda que agiu em legítima defesa.
O executivo, de 46 anos, conduziu sua própria defesa no julgamento, que durou três semanas.
O júri o considerou culpado por assassinato em segundo grau - classificação jurídica nos Estados Unidos para crime doloso em que houve atenuantes como provocação comprovada por parte da vítima. Ele será sentenciado no dia 9 de março e pode ser condenado a até 25 anos de prisão.
Divórcio
Os promotores disseram que Hassan abusou de sua esposa e planejou o ataque em um corredor da Bridges TV, um canal que ele criou em 2004 em um esforço para conter as representações negativas de muçulmanos após os ataques de 11 de setembro de 2001.
O momento do crime foi registrado por uma câmera de segurança. Hassan esfaqueou a esposa mais de 40 vezes na cabeça, costas e peito antes de decapitá-la.
Ele foi preso depois que entrou em uma delegacia de polícia em Buffalo e disse que sua esposa estava morta.
O advogado de Aasiya Hassan, de 37 anos, disse ao jornal Buffalo News à época do crime, em 2009, que ela havia pedido o divórcio depois de sofrer violência doméstica.
Muzzammil e Aasiya Hassan foram casados por oito anos e tinham dois filhos.