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Regionalização da TV ainda está no papel

24 jan 2003 às 12:02

A regionalização da televisão brasileira voltou ao debate. Um projeto de lei, de autoria da deputada Jandira Feghali (PC do B/Rio), foi aprovado pela Câmara Federal e está na mesa do Senado estabelecendo que 10% a 20% da programação diária seja reservada para produções locais.

A criação do decreto gerou controvérsias em alguns setores, mas foi bem recebida pelos altos escalões das emissoras paranaenses. ''Já esperávamos por essa proposta. A regionalização vem tomado fôlego em nossas iniciativas desde a criação da marca RPC, incluindo a realização de eventos e o percentual na programação'' diz Rogério Maynard, diretor de marketing da Rede Paranaense de Comunicação, cujos investimentos recaem basicamente para a área de jornalismo.


Na afiliada paranaense do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), que extinguiu o telejornalismo de suas geradoras, o projeto de lei também obteve boa acolhida. ''Nossa programação local gira em torno de 12 a 13% da grade, mas acredito que a empresa não terá problemas para se adequar à proposta caso ela entre em vigor'' afirma o diretor geral Daniel Pimentel.


Para se ''enquadrar'', ele projeta para o futuro a criação de atrações domésticas voltadas para os públicos infantil e feminino, além de outra dirigida para a audiência de reportagens policiais. Na TV Tropical, retransmissora da CNT, o projeto recebeu aplausos do diretor-geral Rodrigo Martinez. ''Essa proposta é excelente. Vai trazer mais competividade e permitir a amostragem das diversas culturais regionais que geralmente ficam ofuscadas pelo que é produzido no eixo Rio-SP. Agora vai haver uma equivalência e não uma desigualdade entre as redes'' diz.

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