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Paraná oferece prédio projetado por Niemeyer ao Guggenheim

11 nov 2000 às 16:30

O diretor do Museu Guggenheim, Thomas Krens, esteve ontem pela manhã em Curitiba para avaliar se a cidade tem condições de sediar uma extensão brasileira do museu, um dos mais importantes do mundo. Durante a visita de apenas três horas, o governador Jaime Lerner mostrou a cidade e ofereceu o Edifício Castelo Branco, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer na década de 50, para ser a sede do Guggenhein. Krens, que está visitando várias cidades brasileiras com o mesmo objetivo, disse que só em março será divulgado o nome da escolhida.

Por enquanto, o Rio de Janeiro lidera a preferência, mas é possível que haja uma segunda sede do Guggenhein no país. Neste caso, Curitiba disputa com Recife, Salvador e São Paulo. Para o governador, Curitiba tem uma vantagem sobre as outras cidades, já que é a única que está oferecendo um prédio pronto para a instituição. "O museu poderia ser montado mais rapidamente e o investimento seria menor", afirmou. O Edifício Castelo Branco, situado no Centro Cívico da capital, é sede de várias secretarias de Estado. Já está prevista, no entanto, a transferência dessas secretarias para o complexo do Banestado, no bairro de Santa Cândida, uma vez que o banco foi privatizado recentemente.


"Curitiba é uma cidade importante e tem condições de ter o museu. Mas eu fiquei pouco tempo na cidade e ainda é preciso fazer os estudos de viabilidade para decidir o local", disse Krens. Segundo Edemar Cid Ferreira, presidente da Associação Brasil 500 Anos, entidade que está tentando viabilizar o Guggenheim no Brasil, ainda não há previsões de investimentos para as obras. O museu no Brasil seria a primeira versão latina da instituição, que tem sedes em Veneza, Berlim, Nova Iorque e Bilbao, na Espanha.

O governador afirmou que, além do prédio, o Estado não pretende dar mais nenhuma contrapartida para que o museu seja instalado em Curitiba. Por outro lado, o prefeito eleito do Rio de Janeiro, César Maia, já declarou que levantaria até US$ 100 milhões para garantir que o projeto desembarque na cidade. Em favor de São Paulo, o banqueiro Edemar Cid Ferreira já chegou a organizar, inclusive, um banquete no Museu Guggenheim de Nova Iorque. O senador Roberto Freire também já discursou sobre o assunto no Congresso, para levar o museu para a sua Recife.


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