"Maid" estreou no dia 1º de outubro na Netflix e, desde então, tem figurado entre os títulos mais vistos pelos brasileiros na plataforma. Baseada em uma história real, a minissérie de dez episódios acompanha a trajetória de Alex, uma jovem mãe vítima de violência doméstica que decide sair do trailer do ex-namorado em busca de uma vida melhor para ela e a filha.
Desde a relação entre as duas atrizes principais, passando pela trilha sonora original até as diferenças entre a série e o livro de Stephanie Land, confira alguns fatos interessantes sobre a produção.
1. Laços maternos
A primeira curiosidade que os fãs da série descobrem é que Alex, vivida por Margaret Qualley, e sua mãe Paula, interpretada por Andie MacDowell, também são mãe e filha na vida real.
Mas outra relação que merece atenção é a de Margaret com Rylea Nevaeh, a atriz de cinco anos que interpreta sua filha, Maddy.
Durante os domingos dos oito meses de gravação da série, Qualley a levava para sair, brincar no parquinho, preparar panquecas –em geral, atividades parecidas com aquelas que elas iriam realizar juntas nas gravações.
A relação de afeto entre as duas transparece na tela, especialmente numa história que tem como alicerce o amor inabalável de Alex pela filha.
2. Andie MacDowell e Paula
Andie MacDowell, que interpreta a mãe de Alex, Paula, comentou em entrevistas que participar de "Maid" foi especialmente importante para ela.
Primeiro, porque pôde contracenar com a filha pela primeira vez. Em segundo lugar, porque, tendo ficado famosa por atuar em comédias românticas nos anos 1990, muitos não esperavam que ela pudesse fazer uma personagem complexa, com dramas psicológicos, como Paula. E, por último, porque ela própria teve experiências difíceis envolvendo pessoas próximas e transtornos mentais quando era criança.
Uma coincidência é que a mãe de Andie Macdowell na vida real se chamava Pauline Johnson, conhecida como Paula.
3. Diferenças entre livro e série
A minissérie é inspirada nas memórias de Stephanie Land, escritora best-seller do livro "Superação: Trabalho Duro, Salário Baixo e o Dever de uma Mãe Solo", de 2019. Sua trajetória, porém, foi mais solitária do que a de Alex –o livro quase não menciona interações com seus pais, patroas ou ex-namorado.
Land comentou essas diferenças entre sua obra e a série. "Minha cena favorita em #maidnetflix é uma que eu gostaria de ter experimentado na vida real. Em vez disso, sofri gaslighting, me disseram que eu estava tentando arruinar uma reputação e exagerando. Ninguém vê as evidências. Ninguém acredita em você. Todos nós merecemos uma amiga como Danielle", afirmou.
4. 'Shoop'
A trilha sonora da série exerce um papel no arco da protagonista, que ouve música durante as faxinas e enquanto escreve suas histórias, além de cantar no carro com a filha. Boa parte dessa trilha foi escolhida ou composta pelos músicos Chris Stracey e Este Haim, baixista da banda Haim.
Ao final do sétimo episódio, a canção que toca nos créditos ainda é difícil de ser localizada na internet – é uma música original interpretada pela própria Margaret Qualley para a série, sem lançamento oficial.
5. Sob medida
Embora a história se passe nos Estados Unidos, a série foi gravada em Vitória, na Columbia Britânica, província do Canadá.
Muitos dos objetos cênicos de "Maid", como é comum em séries e filmes, foram especialmente produzidos para as gravações. Alguns exemplos são a poltrona de Alex ao lado do trailer, os pôneis de brinquedo de Maddy, as artes que cultuam o empoderamento feminino feitas por Paula e os cristais de "vidro do mar" do terceiro episódio.
6. Margaret
Molly Smith Metzler, criadora, showrunner e roteirista da série, disse que "ninguém trabalhou mais do que Margaret Qualley". De fato, o desempenho da artista extrapolou a atuação –seja na sugestão a Margot Robbie, produtora-executiva da série, de que sua mãe interpretasse Paula, na iniciativa de construir uma relação com a criança fora do set, ou na gravação de uma música original para a obra.
Antes de "Maid", a atriz chamou atenção no filme "Era uma Vez em... Hollywood", de 2019, contracenando com Brad Pitt como uma hippie. Ela também tem formação como dançarina, como mostra em sua performance no comercial do perfume "Kenzo World", de 2016, dirigido por Spike Jonze.