A Globo e a produtora Feel The Match, de Bruno Maia, ex-vice-presidente de marketing do Vasco, estão tocando um documentário sobre a "Máfia do Apito". O caso é até hoje considerado o maior escândalo de arbitragem e manipulação de resultados no futebol brasileiro.
Leia mais:
Gabriel Leone explica por que precisou 'se apagar' para viver Ayrton Senna em série da Netflix
Lady Gaga estará no elenco de 'Wandinha' na segunda temporada da série
Transfobia de J.K. Rowling não afeta série de Harry Potter, diz CEO da HBO
Pré-estreia da série “Libertárias” será exibida gratuitamente nesta quarta em Londrina
A produção está em fase de escolha de entrevistados. A previsão de estreia é para o próximo ano, quando se completam 20 anos de que a história veio à tona.
Projeto original da Feel The Match, o projeto é coproduzido por Globo e pelo SporTV através do núcleo de documentários de esporte do conglomerado de mída. A Join Comunicação também participa do processo como produtora associada.
"Máfia do Apito" foi o nome dado a uma série de denúncias que mostravam que jogos do Campeonato Brasileiro das séries A e B haviam sido manipuladas pelos árbitros Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon. Um grupo de investidores havia negociado com Carvalho, então integrante do quadro de árbitros da Fifa, para garantir resultados em que havia apostado em sites.
Descobriu-se a participação de um segundo árbitro no esquema, Paulo José Danelon, ao longo das investigações. Após investigações, ambos foram banidos do futebol e, depois, denunciados pelo Ministério Público por estelionato, formação de quadrilha e falsidade ideológica.
A ação penal foi suspensa em 2007 por ordem do desembargador Fernando Miranda, do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Em agosto de 2009, o mesmo magistrado e outros dois colegas determinaram o "trancamento" da ação penal, entendendo que os fatos apurados não comprovavam o crime de estelionato.
A decisão encerrou, na área criminal, a investigação sobre a suposta quadrilha. Na seara do esporte, os onze jogos apitados por Edílson no Brasileirão 2005 acabaram anulados pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).
Luís Zveiter, então presidente do Tribunal, alegou que a anulação ocorreu para remover completamente a participação do árbitro no Brasileirão, e que seu objetivo era restaurar um pouco do prestígio da disputa.
O campeão daquele ano foi o Corinthians, que terminou três pontos a frente do 2º colocado, o Internacional. Se os resultados originais dos jogos tivessem sido mantidos, o Internacional poderia ter sido campeão, algo que faz a torcida gaúcha reclamar até hoje.