Ao lado da área de preservação ambiental, “montanhas” de lixo geradas por parte dos filões que foi no Carnaval de domingo (19), promovido pela Prefeitura de Londrina e outras instituições no estacionamento do Jardim Botânico, na zona sul. No gramado, meio-fio e na rua, o que se viu nas primeiras horas do dia desta segunda-feira (20) foram garrafas de diversos tipos de bebidas alcóolicas vazias, latas, plástico, sacolas e até embalagens de preservativo.
Quem foi correr e caminhar no lugar se assustou com o rastro de sujeira. “É impressionante como as pessoas não têm educação e muito menos senso de respeito pelo meio ambiente. Chega a ser constrangedor os garis limparem tudo isso, porque passaram dos limites”, desabafou o gerente de vendas Adriano da Silveira.
Dezenas de trabalhadores da terceirizada do município estiveram na avenida dos Expedicionários e no jardim durante a manhã para retirar o lixo. A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) havia deixado no lugar cinco contêineres para descarte de resíduos, mas que foram pouco utilizados. “Dá vergonha e entristece ver o Jardim Botânico desse jeito. Aqui não era lugar para uma festa dessa”, avaliou uma moradora, que preferiu não ter o nome divulgado.
Segundo a dentista Ana Lúcia da Rocha Morais, os moradores da região foram surpreendidos quando a prefeitura anunciou que o evento seria transferido do aterro do Igapó para o Jardim Botânico, por conta da previsão de chuva. “Alegaram que seria no estacionamento, mas neste espaço existem vários ninhos de coruja. Tirei várias latas de cerveja de um dos ninhos e as corujas já não estavam mais lá. Deveriam ter feito em um local mais apropriado”, lamentou.
O prefeito Marcelo Belinmati (PP) comemorou às 15h, em seu Instagram, o fim da limpeza do local, que começou nas primeiraas horas após o amanhecer.
Plantação
Muitas pessoas também jogaram o lixo irregularmente numa plantação de loja que fica à margem da avenida dos Expedicionários. Além disso, foliões defecam na área – que no total tem oito alqueires – e pisotearam as plantas que beiram o asfalto. “É uma falta de bom senso das pessoas, inclusive da prefeitura. Sabiam que muitas pessoas não cuidam nem delas mesmas. Foram entrando na roça dos outros. Quero ver agora quem vai arcar com a despesa que vou ter para recuperar”, cobrou o agricultor Leonildo Kuasne, que há cerca 20 anos arrenda o terreno para plantar.
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