O documentário "O Dilema das Redes", disponível na Netflix, mostra como as empresas de tecnologia usam técnicas cada vez mais sofisticadas para prender a atenção dos usuários e, assim, ganhar dinheiro.
Ao final do filme, especialistas dão dicas de como limitar a ação dessas empresas na rotina diária. A estrutura criada para estimular o uso de redes sociais gera efeitos nocivos, como problemas psicológicos, falta de tempo para atividades pessoais e o avanço do radicalismo na sociedade, entre outras questões.
A maioria dos especialistas entrevistados no documentário é formada por ex-funcionários de companhias como Google, Facebook, Instagram e Twitter que ajudaram a criar as tecnologias por trás das plataformas e que agora buscam maneiras de atenuar os impactos danosos delas.
Leia mais:
Fintech confere se jogador de bet usa CPF de morto; veja o caminho do dinheiro das apostas
Proposta a respeito do fim da jornada 6x1 movimenta redes sociais
Preguiça resgatada em rodovia do Espírito Santo faz pose em selfie e viraliza
Até barreira mal arrumada é observada em investigações de manipulação no futebol
A lista inclui Tim Kendall, ex-diretor de monetização do Facebook, Tristan Harris, ex-designer do Google, e Justin Rosenstein, que participou da criação do botão "curtir". Veja abaixo algumas dicas:
1. Desinstale aplicativos que consomem seu tempo e não agregam nada útil. Considere também sair de redes sociais;
2. Desative ou reduza as notificações no celular. Se achar importante, deixe apenas as que trazem informações que você precisa saber em tempo real;
3. Não aceite as recomendações automáticas de vídeos em plataformas como o YouTube e escolha você mesmo o que quer ver;
4. Antes de compartilhar um conteúdo, avalie a fonte e o site que o publicou. Na dúvida, faça uma segunda pesquisa para confirmar se aquilo é verdade ou não. Avalie também se o material parece ter sido feito para despertar emoções como medo, raiva, compaixão ou algum outro sentimento forte, um indicador de que se trata de algo falso;
5. Em vez do Google, use buscadores que não coletam dados pessoais, como DuckDuckGo, Qwant ou StartPage;
6. Lembre-se que, ao clicar em um link com título ou foto apelativa, você está fazendo girar o sistema que gera ganhos financeiros com anúncios e, assim, estimulando a publicação desse tipo de conteúdo;
7. Busque informações de fontes variadas, incluindo pessoas e entidades com as quais você discorda. Assim, é possível obter diversos pontos de vista sobre cada tema;
8. Limite o acesso de crianças e adolescentes às redes sociais e aos aparelhos eletrônicos. Combine com elas uma quantidade de horas por dia para ficar nas telas;
9. Retire os aparelhos eletrônicos do quarto das crianças em um mesmo horário todas as noites, como 30 minutos antes de dormir.