Nesta sexta-feira (20), o Google decidiu homenagear o médico húngaro Ignaz Semmelweis, primeiro defensor da importância de lavar as mãos, com seu doodle.
Semmelweis chegou a ser internado em um manicômio, no fim de sua vida, por conta da descrença que recebia de seus pares - mesmo tendo sido o responsável por diminuir inúmeras mortes de mães e crianças em maternidades pela chamada "febre puerperal".
Nascido em 1818, ele fez a descoberta de que a ausência de higiene dos médicos causava a doença em 1847 ao analisar um grupo de médicos homens e um grupo de parteiras, que atuavam no nascimento de crianças no mesmo hospital.
Leia mais:
Ascensão da Meia Lua: Doodle do Google celebra última Lua minguante de novembro
Fintech confere se jogador de bet usa CPF de morto; veja o caminho do dinheiro das apostas
Proposta a respeito do fim da jornada 6x1 movimenta redes sociais
Preguiça resgatada em rodovia do Espírito Santo faz pose em selfie e viraliza
Acidentalmente, o húngaro percebeu que a infecção que causava a morte das mulheres após o parto era a mesma que ele viu acontecer com médicos que faziam o exame de cadáveres. Com isso, percebeu que a falta de limpeza das mãos era o que causava a infecção - já que muitos dos médicos faziam o exame dos cadáveres e já iam para as salas de parto. Entre as parteiras, a taxa de morte era muito menor, pois elas não tinham essa outra função.
Então, Semmelweis fez um teste prático e colocou uma bacia com uma solução de cloro para que os médicos desinfetassem as mãos antes de realizarem o parto, provocando uma redução de 90% das mortes no hospital.
No entanto, por conta da descrença dos colegas, ele precisou voltar para sua terra natal e foi internado após ser enganado por alguns amigos, que disseram que o levariam para uma visita ao manicômio para verificar as condições de saúde do local.
Semmelweis faleceu aos 47 anos, em 1865, sem ver a importância de sua medida na prática. Hoje, no entanto, a medida tão defendida pelo médico húngaro é uma das mais fundamentais para evitar a transmissão do novo coronavírus (Sars-CoV-2), que já infectou mais de 245 mil pessoas no mundo, matando 10.031.