A fuga do ex-presidente da Nissan-Renault Carlos Ghosn, 65, do Japão para o Líbano, será tema de um novo game japonês chamado "Ghosn is gone" ("Ghosn se foi", em tradução livre).
Segundo o jornal norte-americano The Wall Street Journal, a fuga cinematográfica do empresário aconteceu nos últimos dias de dezembro de 2019. No jogo, um personagem ex-executivo chamado Loscar Gon evita promotores, policiais e ex-colegas para sair do país.
"Sua fuga foi como uma novela. Foi muito interessante. Quando vi as notícias, pensei 'isso é incrível, as pessoas com dinheiro realmente podem fazer qualquer coisa'", disse Masaru Sato, funcionário de um banco de Osaka, ao jornal.
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Noticiários já recriaram o ato de fuga de Ghosn na TV, colocando apresentadores em caixas de equipamentos de áudio semelhantes às usadas pelo ex-presidente da Nissan, para sair do país. Especialistas em segurança foram chamados para explicar como ele evitava a detecção a cada etapa de sua jornada.
Nesta quinta-feira (9), a Justiça libanesa proibiu que Carlos Ghosn de deixar o país. A decisão veio depois de o executivo ser interrogado pela Procuradoria-Geral no âmbito de uma ordem de prisão da Interpol, informou uma fonte judicial à agência AFP.
Ainda segundo essa pessoa a par da decisão, a Procuradoria-Geral do Líbano pediu ao Japão dossiê sobre o processo judicial movido no país contra o ex-presidente da Renault-Nissan, acusado de desfalque financeiro.
O Líbano, que indicou não ter um acordo de extradição com o Japão, anunciou na semana passada que havia recebido um pedido de prisão de Ghosn da Interpol. Detentor de nacionalidades francesa, libanesa e brasileira, ele é alvo de quatro acusações no Japão: duas por sonegação e duas por abuso de confiança agravado. Enquanto aguardava julgamento, ele foi para o Líbano em um jato particular.