Bolsonaristas e pessoas contrárias aos posicionamentos políticos do youtuber Felipe Neto têm atacado o influenciador nas redes sociais por ele ter virado garoto-propaganda do chocolate Bis.
Pelo X (antigo Twitter), as hashtags #Bisnuncamais e #FelipeNeto apareciam na primeira e segunda colocações na manhã desta segunda-feira (16). Vídeos em que pessoas e até crianças vão ao mercado e deixam de comprar o doce por causa de Neto têm tomado a rede social.
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Até ex-repórter da Globo tem demonstrado seu descontentamento a respeito da campanha de Neto para a marca. É o caso de Janaina Xavier, que pelo seu perfil disse que referia comer um doce de uma marca concorrente.
"O estoque está lotado e prateleiras cheias. Quer trégua? Óbvio que não, você quer grana no bolso. As ações do teu chocolate despencaram, porque você atacou tanta gente. Agora quer carinho?", disse. Ela também afirmou que a marca deveria escolher melhor seus influenciadores e checar "a ficha corrida" e não apenas o número de seguidores.
Pelas redes sociais, mesmo sem citar nomes e a marca, Felipe Neto deixou uma mensagem a quem o critica. "A nossa história segue sendo escrita com o nosso suor e a lágrima dos extremistas".
A Mondelez Brasil, fabricante de Bis, disse ao Meio & Mensagem que suas contratações de influenciadores estão relacionadas unicamente à relevância no universo gamer e de entretenimento, sem qualquer vínculo ou apoio político de qualquer natureza. E que reafirma seu absoluto respeito à diversidade de opiniões.
Neto foi ao Podpah para divulgar a parceria com o chocolate e lá o youtuber disse ter contratado um serviço de inteligência para monitorar possíveis ataques contra ele.
"A polícia foi na minha casa me avisar que eu estava sendo processado, e o motivo é que eu falava palavrão em vídeo antigo", disse.
Segundo ele, um plano de fuga foi pensado por medo de ser preso. "Eu fui acusado formalmente de corrupção de menores sem vítimas", argumentou.
Felipe Neto, que se posicionou contra o governo do então presidente Jair Bolsonaro, do PL, e se tornou alvo da extrema-direita na internet, também foi acusado de crime contra a segurança nacional. O youtuber se defendeu judicialmente em ambos os processos, além de "contar para as pessoas o que estava acontecendo e rezar."