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Sandra Annenberg revela que já sofreu assédio sexual

21 jun 2016 às 11:47

A jornalista Sandra Annenberg, 48, revelou à revista Contigo, em entrevista publicada na edição deste mês de junho, que já sofreu com assédio sexual. Ela não deu detalhes sobre o caso, mas afirmou que foi desde aquele momento que seu posicionamento em relação à luta por conquistas das mulheres na sociedade ficou mais forte. Há 15 anos, Sandra se dedica ao Jornal Hoje, da Rede Globo.

Ao todo, ela coleciona 25 anos de carreira no império dos Marinho. "Eu cresci assistindo ao telejornal enquanto almoçava", lembra. "É um jornal mais falado, coloquial. Ele inaugurou uma linguagem mais ‘lá em casa’. Eu sempre penso, quando apresento, o que eu falaria se estivesse assistindo. Sempre tentei fazer parecer uma conversa, é olho no olho, é o senta que lá vem história", relata.



Sandra também está no ar todos os sábados de manhã com o Como Será?. "Eu digo que é o meu oásis. Gravo às quintas, entro no estúdio às 18h e saio às 22h, mas é um jeito de dar um respiro nessas notícias duras. São notícias boas. Eu continuo acreditando no ser humano", diz.


Assédio e Feminismo


"Fui criada por uma feminista, sou uma feminista e ser feminista é ser pela igualdade de direitos entre todos os sexos. Eu me orgulho muito de ter sido a primeira mulher a entrar diariamente no Jornal Nacional, a ter um quadro fixo como menina do tempo. Sou de um tempo em que a mulher dividia a bancada como um refresco para os olhos como se ela não tivesse o que dizer, não tivesse o mesmo peso do homem. Sou de um tempo que o homem abria o telejornal e a mulher vinha na sequência. Eu perguntava: ‘Por que todo dia ele que abre?’ Parece bobagem, mas é muito significativo. Socialmente, a mulher sempre teve um papel menor, profissionalmente menor ainda. Os salários são diferentes, sempre mais baixos, mesmo na mesma função de um homem", explica a jornalista.


Sandra falou abertamente sobre um tema que está sendo muito discutido. Na última sexta-feira (17), as redes sociais foram invadidas por discussões a respeito da demissão da repórter que acusou MC Biel de assédio sexual. O Portal IG, onde ela trabalhava, foi acusado de machismo e de reforçar o medo que as mulheres sentem ao denunciar situações como essa.


Isso serviu de apoio para algumas jornalistas se organizaram e criaram uma página no Facebook para denunciar casos de abusos no ambiente de trabalho. A página "Jornalistas contra o assédio" reúne mais de 4 mil seguidores.


Confira o vídeo publicado na página:


(Com informações do Diário Catarinense)


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