A Record, em pedido oficial, recomendou que todos seus jornalistas e apresentadores evitem usar roupas vermelhas ou que remetam ao Partido dos Trabalhadores. Cores da bandeira também foram vetadas por remeterem ao PSDB e o movimento pelo impeachment da presidente Dilma.
No departamento de figurino, a orientação chegou como ordem, e todas as roupas nessas cores foram recolhidas. Nas últimas duas semanas, repórteres tiveram que voltar das ruas porque vestiam vermelho. E o jornalista Domingos Meirelles teve que trocar uma gravata vermelha, de acervo pessoal, por uma rosa, da emissora, para gravar o Repórter Record Investigação exibido no último domingo.
A recomendação para evitar vermelho, verde, amarelo e azul partiu do vice-presidente artístico da Record, Marcelo Silva. Em conversas com diretores de programas, ele pediu para a emissora agir com neutralidade. Também proibiu manifestações pró ou contrárias a Dilma Rousseff nas instalações da emissora depois que viu em uma rede social uma foto dos apresentadores, diretores e produtores do Hoje em Dia vestindo preto, em protesto contra o governo e a corrupção _a imagem foi apagada.
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A movimentação pela neutralidade da Record e a recomendação para não se usar as cores "políticas" do momento surgiram há duas semanas, no auge dos protestos contra Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Coincidem também com a decisão do PRB (Partido Republicano Brasileiro) de deixar a base aliada do governo. O PRB é o braço político da Igreja Universal, de Edir Macedo, dono da Record _emissora identificada como "governista".
(com informações do site Notícias UOL)