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Polícia do Rio de Janeiro investiga denúncia de fraude no resultado do carnaval

Agência Brasil
16 fev 2016 às 20:08

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- Tata Barreto/Riotur
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A Delegacia Fazendária da Polícia Civil do Rio instaurou inquérito para investigar as denúncias do diretor de carnaval da escola de samba Beija-Flor, Laíla, sobre um possível esquema para favorecer a escola Unidos da Tijuca no resultado dos desfiles do Grupo Especial. A escola Mangueira sagrou-se a campeã deste ano. Em segundo lugar, ficou a Unidos da Tijuca.

Segundo Laíla, a Beija-Flor vem perdendo pontos ao longo dos últimos anos sempre nos mesmos quesitos – enredo e bateria – e isto se deveria ao fato de os jurados terem sido indicados pela ex-jurada Sulamita Trzcina, que seria amiga do presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta. A Beija-Flor conquistou o quinto lugar no desfile deste ano.

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Na sexta-feira passada (12), em entrevista ao programa Ponto de Samba, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Laíla afirmou ao apresentador Rubem Confete ter recebido um áudio de Fabiano Rocha, que tinha sido convocado para julgar o quesito bateria, dando o depoimento de que iria tirar notas de algumas escolas. "Quem eu dei [nota 10] no ano passado, eu não dou, e este ano, provavelmente quem eu vou pegar é a Imperatriz, Beija-flor e Salgueiro".

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O músico Fabiano Rocha foi cortado na véspera dos desfiles do Grupo Especial e não participou do julgamento do quesito bateria.

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"Em 14 anos, esses jurados, só uma única vez, deram 10 à Beija-Flor", disse Laíla no programa. Ainda na entrevista à emissora da EBC, o diretor da Beija-Flor afirmou que o áudio foi entregue à presidência da Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro (Liesa).


A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou hoje (16), por meio de nota, que o diretor de carnaval da Beija-Flor será chamado a depor, assim como o presidente da Liesa e o jurado citado na denúncia. "A delegacia solicitou à Liesa uma cópia do áudio com as denúncias. As investigações estão em andamento", diz a nota da Polícia Civil.


Procurada pela reportagem da Agência Brasil, a Liesa informou, por meio da assessoria de imprensa, que até agora não tomou conhecimento oficial do inquérito instaurado pela Delegacia Fazendária da Polícia Civil e que, portanto, não vai se pronunciar.

A Unidos da Tijuca, por sua vez, divulgou uma nota na qual repudia toda e qualquer suspeita de fraude no resultado do carnaval de 2016. "Entendemos que no calor da emoção, o diretor de carnaval da nossa coirmã Beija-Flor de Nilopólis se posicionou de forma equívoca e também descredenciou a Liesa, instituição que representa os interesses de todas as agremiações. Acusações levianas podem prejudicar o espetáculo e colocar a idoneidade da instituição que gerencia o carnaval em dúvida", diz a nota da escola.


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