O Museu Oscar Niemeyer (MON) inaugura na quarta-feira (14), às 19h, na sala 8, a mostra Trajetória: 114 anos da Escola de Alfredo Andersen. São cerca de 80 obras do artista e seus discípulos, que geriram o Museu Alfredo Andersen (MAA), incluindo nomes como Estanislau Traple, Theodoro de Bona, Lange de Morretes, José Daros, Helena Wong e Domício Pedroso, entre outros. A entrada no horário da abertura é gratuita.
A exposição conta a trajetória do artista norueguês que se mudou para Curitiba em 1902 e transformou sua casa em ateliê e escola de arte - foi um dos primeiros pintores profissionais do Estado. Além disso, atuou como professor no ensino formal e informal de Curitiba e formou uma legião de discípulos. Em 1940 sua casa virou o atual Museu Alfredo Andersen, que abriga a maior parte do acervo do artista.
"Esta exposição registra a memória do artista, da Escola de Alfredo Andersen e de seus discípulos ao longo de 114 anos, numa trajetória de lutas, desafios e vitórias", disse diretora do MAA e curadora da mostra, Débora Maria Russo
De acordo com a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, "realizar esta mostra sedimenta a parceria entre museus, o diálogo entre acervos e enaltece a produção de artistas que compõem o cenário paranaense das artes visuais".
"É com muito orgulho que a Secretaria de Estado da Cultura presta esta homenagem a Alfredo Andersen. Ao mantermos suas obras preservadas e sua memória viva, possibilitamos e incentivamos que jovens artistas sigam os passos do grande mestre, o pai da pintura paranaense", afirma o secretário de Estado da Cultura, João Luiz Fiani.
A mostra fica em cartaz até 5 de março de 2017 e os ingressos custam R$ 12 e R$ 6 (meia-entrada).
SOBRE O ARTISTA - A importância de Alfredo Andersen (1860-1935) para o Paraná está no fato de ser considerado o primeiro artista visual a atuar profissionalmente e a iniciar o ensino da arte no Estado. Em 1892, durante uma longa viagem com destino a Buenos Aires, alguns reparos no navio exigiram uma parada no Brasil, no porto de Paranaguá. Encantado pelo nosso País, permaneceu por 10 anos na região, onde conheceu e casou-se com Anna de Oliveira, uma descendente de índios guaranis.
Em 1902, mudou-se com a esposa para Curitiba, onde começou a dar aulas de pintura em escolas formais e informais. Andersen continuou exercendo sua carreira artística e conquistou um novo público ao pintar retratos de pessoas importantes da época. Em sua carreira, Alfredo Andersen, além dos retratos, pintou também paisagens paranaenses, marinhas, autorretratos e pinturas de gênero (cenas da vida cotidiana).
Em 1915, o artista foi viver em um sobrado situado na Rua Mateus Leme, 336, onde deu continuidade ao primeiro ateliê de pintura da Capital do Estado. A casa, onde o artista morou por 20 anos e veio a falecer em 9 de agosto de 1935, é hoje o Museu Alfredo Andersen.
SERVIÇO
Abertura da mostra Trajetória: 114 anos da Escola de Alfredo Andersen
Dia 14 de dezembro, quarta-feira
Horário: 19 horas
Entrada gratuita no horário da abertura
Visitação: de terça a domingo, das 10h às 18h
Ingressos: R$ 12 e R$ 6