No mês em que se completam dois anos de falecimento do artista Henrique de Aragão, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Ibiporã está realizando uma oficina com os alunos do curso de Artes Plásticas da Secretaria sobre as técnicas do artista, tanto na teoria quanto na prática.
As aulas estão sendo ministradas no espaço ao lado da Casa de Artes e Ofícios Paulo VI, onde Henrique morava, pela professora Bárbara Lemos e pelo secretário de Cultura e artista plástico Agnaldo Adélio, que trabalhou vários anos com Henrique, aprendendo com ele suas técnicas.
De acordo com Bárbara, os objetivos da oficina são deixar viva a memória do artista, envolver os alunos nessa história e também passar as suas técnicas em pintura. "Quero chamar o olhar deles para além das esculturas do Henrique, a partir das suas pinturas, que poucos conhecem".
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O conteúdo das aulas abrange a biografia do artista, a história da cultura em Ibiporã e as técnicas de pintura utilizadas por ele como mistura de tintas, preparação de tela, proporção e criatividade, através das séries "Mar" e "Amazônia", usando suas ideias, que mesclam a arte sacra, o divino e o místico.
Buscando inspiração na filosofia de Henrique de Aragão, os alunos pintarão suas próprias telas por meio de uma releitura dos quadros do artista, utilizando tintas acrílicas, pigmentos e areia.
O artista
Henrique de Aragão nasceu em 1931, na Paraíba, e passou grande parte da sua vida em Ibiporã: de 1965 até a sua morte, em 25 agosto de 2015, aos 84 anos. Foi um dos maiores produtores e incentivadores da arte em Ibiporã, fundando em 1969 a Casa de Artes e Ofícios Paulo VI, onde eram oferecidos cursos de teatro, escultura, pintura e ballet.
O artista identificou-se com a arte sacra durante o período em que viveu na Itália (1959-1962) e ao retornar ao Brasil começou a realizar diversos trabalhos artísticos para a Igreja Católica. Suas obras estão espalhadas por diversos países e pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e principalmente o Paraná, que abriga vários monumentos e igrejas ornamentadas por Henrique, além do Museu de Esculturas ao Ar Livre, na cidade de Ibiporã.