Sobre racismo
Tal qual o seu criador, as criações de Aguinaldo Silva também dão o que falar. Responsável pela atual trama global das 21h, o autor recebeu uma nova crítica a um dos personagens concebidos por ele em ''Fina Estampa''.
Na semana passada, o escritor ouviu reclamações da Secretaria de Políticas para as Mulheres por causa de Celeste (Dira Paes), que apanha sistematicamente do marido, Baltazar (Alexandre Nero), mas não procura as autoridades para resolver o problema. Segundo a ministra Iriny Lopes, a personagem seria um exemplo negativo para as mulheres que enfrentam a mesma situação na vida real.
Agora, Silva é questionado pela filha de Celeste, Solange (Carol Macedo). Na história, a adolescente faz de tudo para se tornar funkeira e chega a desprezar explicitamente os estudos. A Coordenadoria Regional de Educação do Rio de Janeiro (CRE/RJ) não gostou nenhum pouco da mensagem transmitida pela personagem aos jovens no funk ''Dez no Popozão''.
Do seu lado, o autor rebateu que a trama ainda está em fase inicial, etapa esta marcada pela composição psicológica de suas personagens. Além disso, reforça, a situação de ambas retrata o contexto social em que vivem.
Confira a polêmica letra do funk ''Dez no Popozão'':
Aprender é desafio/
mas no funk eu arrepio/
Eu odeio redação/
mas requebro até o chão/
Não sou boa no estudo/
levo zero em quase tudo/
Reprovada no provão/
tirei dez no popozão/
Meu diploma é de funkeira/
vem comigo meu irmão/
Põe a mão no popozão/
e requebra até o chão./
Chão, chão, chão!
(com informações do jornal Extra)