O dançarino e coreógrafo Ismael Ivo morreu aos 66 anos, de Covid-19.
Ivo fez carreira no exterior e despontou no auge da dança contemporânea de São Paulo nos anos 1970. Na década seguinte, seguiu para o exterior.
Criou e foi diretor artístico do ImpulsTanz, de Viena, um dos mais importantes festivais de dança contemporânea da Europa. Ismael Ivo também dirigiu o Teatro Nacional Alemão, em Weimar, se dizendo o primeiro negro e estrangeiro nesse posto, e chefiou a seção de dança da Bienal de Veneza.
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Voltou ao Brasil em 2017 para comandar o Balé da Cidade, o corpo de baile do Theatro Municipal de São Paulo, cidade onde nasceu.
Em 2020, integrantes do Balé da Cidade encaminharam denúncias de assédio moral contra Ismael Ivo. O diretor foi demitido.
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Uma série de personalidades lamentou a morte de Ivo nas redes sociais. "A dança acorda mais triste hoje", escreveu o rapper Emicida. "Um destruidor de barreiras em toda a sua trajetória."
A também coreógrafa Inês Bogéa, diretora da São Paulo Companhia de Dança, e os cantores Fabiana Cozza, Johnny Hooker, Karina Buhr foram outros que prestaram homenagens.
O governador de São Paulo, João Doria, do PSDB, o classificou como um dos maiores coreógrafos contemporâneos.
"Ismael foi diretor da Bienal de Veneza, do Balé da Cidade, e o primeiro estrangeiro a dirigir o Teatro Nacional Alemão", escreveu Doria no Twitter. "Era um amigo querido. Muito triste."
Sérgio Sá Leitão, secretário de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, anunciou também nas redes sociais que a SP Escola de Dança Ismael Ivo, projeto desenvolvido pelo coreógrafo desde o ano passado, será implementado.