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Balé Teatro Guaíra apresenta espetáculo sobre Cataratas

Redação Bonde
23 set 2009 às 14:24

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- Arquivo Folha
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O Balé Teatro Guaíra comemora 40 anos de criação apresentando ao público uma nova versão sobre a lenda das Cataratas do Rio Iguaçu, uma das mais belas atrações turísticas do Brasil.

O espetáculo será apresentado no Guairão nesta sexta, dia 25 e no sábado, 26 às 20h30 com ingressos a R$ 5 e no domingo, 27 às 18h (Teatro para o Povo) com entrada franca.

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A coreografia é assinada pelo paulista Rui Moreira. É uma remontagem da primeira versão da obra do coreógrafo português Carlos Trincheiras, já falecido e apresentada em 1987.

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Esta versão de "Lendas das Cataratas do Iguaçu" é baseada na nova partitura musical do compositor Jaime Zenamon, criada especialmente para a dança. Para o trabalho anterior também foi utilizada a sua música.

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A coreografia mostra um pouco da história das raízes do povo brasileiro, os costumes e as crenças dos índios Caingangues (ou ainda kaingang, kanhgág), povos do Brasil meridional, e que hoje estão quase extintos.


A lenda fala sobre o surgimento das quedas do Rio Iguaçu, que antes deslizava livre, sem corredeiras e sem cataratas. Os índios Caingangues, que habitavam em suas margens acreditavam que o mundo era governado por MBoi, um deus que tinha a forma de serpente e era filho de Tupã.

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Os índios tinham o costume de consagrar a jovem mais bonita da tribo ao deus-serpente. Naipi, filha do cacique Igobi, foi escolhida. Mas um forte guerreiro chamado Tarobá se apaixonou por ela e um certo dia após anunciada a festa de consagração, enquanto os índios festejavam, Tarobá raptou a formosa Naipi fugindo com ela rio abaixo numa canoa.


Quando MBoi ficou sabendo se enfureceu e se escondeu embaixo da terra. Isso fez com que a terra rachasse e naquele ponto se abriu uma extensa e terrível catarata. Na queda de 80 metros de altura, os corpos dos dois amantes desapareceram para sempre.

Naipi foi transformada numa das grandes rochas centrais das cachoeiras. Tarobá virou uma árvore em uma das gargantas do rio. Ambos permanecem ali, Tarobá condenado a contemplar eternamente sua amada sem poder tocá-la. E bem debaixo do seu pé encontra-se a entrada da gruta onde o vingativo deus espreita para sempre os dois amantes.


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