A influenciadora e advogada Deolane Bezerra deixou a Colônia Penal de Buíque, no Agreste de Pernambuco, na tarde desta terça-feira (24), após decisão do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça do estado, na noite desta segunda-feira (23). A mãe dela, Solange Bezerra, também já deixou a Colônia Penal Feminina do Recife por volta das 13h.
A saída de Deolane foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco. A influenciadora acenou para o público a distância em Buíque antes de entrar no carro, acompanhada de advogados em um carro. Conforme a decisão, ela não precisará usar tornozeleira eletrônica. No período em que esteve presa, Deolane ficou numa sala reservada no presídio.
A reportagem procurou a defesa de Deolane para saber se ela ficará em Pernambuco ou se seguirá para São Paulo, onde também tem residência.
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O magistrado também mandou soltar outros investigados, como o CEO da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, e estendeu o pedido de ofício a outros investigados que estavam presos, como a mãe de Deolane.
Os réus que tiveram a prisão preventiva (sem prazo) derrubada não poderão mudar de endereço sem autorização judicial nem se ausentar do local onde residem sem prévia autorização da Justiça.
Também estão proibidos de frequentar qualquer empresa relacionada ao objeto da Operação Integration ou participar de decisões das empresas, bem como fazer publicidade para as plataformas de jogos.
Deolane é investigada por suspeita de envolvimento em uma suposta organização criminosa que atua em jogos ilegais e lavagem de dinheiro e que teria movimentado quase R$ 3 bilhões. Ela diz ser inocente.
A decisão não contempla o cantor Gusttavo Lima, que teve prisão decretada na tarde desta segunda. Dois foragidos são contemplados: José André da Rocha Neto, dono da casa de apostas VaideBet, e sua esposa, Aislla Rocha.
O desembargador acatou argumentos da defesa de Darwin Filho de que o Ministério Público de Pernambuco tinha pedido a substituição das prisões por outras medidas cautelares. A manifestação da Promotoria foi feita na sexta-feira (20), mas a juíza Andrea Calado da Cruz havia rejeitado os argumentos. Agora, a segunda instância derrubou as prisões preventivas.
O magistrado citou que o artigo 312 do Código de Processo Penal "exige como requisito para decretação da prisão preventiva: a existência de prova do crime, indícios suficientes de autoria e perigo ocasionado pela liberdade dos imputados", afirma o documento. "Destarte, se inexistem elementos para o oferecimento da denúncia, a prisão dos acusados deve ser imediatamente relaxada sob pena de configuração de constrangimento ilegal", destacou Guilliod, na decisão.
Presa no dia 4 de setembro, na deflagração da Operação Integration, Deolane já havia conseguido um habeas corpus no dia 9, para cumprir prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. A influenciadora havia deixado a Colônia Penal Feminina do Recife após decisão do mesmo desembargador.
No entanto, recebida na saída por dezenas de fãs e apoiadores, Deolane respondeu a perguntas de jornalistas e fez críticas à prisão.
Ela também publicou no Instagram uma foto em que aparecia com a boca tampada com um X.
A Justiça então entendeu que ela não cumpriu as determinações da Justiça e decretou nova prisão. Deolane voltou ao cárcere no dia seguinte, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, onde assinaria os trâmites para cumprir a prisão domiciliar.
A influenciadora foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina de Buíque, no interior do estado, a 284 km do Recife, onde permaneceu até esta terça-feira.
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