É tradicional a divulgação, por parte da Cops (Coordenadoria de Processos Seletivos) da UEL (Universidade Estadual de Londrina), da relação candidato/vaga no vestibular. Todos os anos, a instituição publica a quantidade de inscritos por curso, divididos entre cotistas e não-cotistas, além dos candidatos que se inscreveram como treineiros.
Para o Vestibular 2022, serão 21.306 concorrentes a 5.509 vagas em 53 cursos. Somando com os 1.281 treineiros, no total serão 22.587 pessoas realizando a prova em fase única, no dia 6 de março de 2022.
O primeiro lugar entre os cursos mais concorridos, com folga, é medicina. Pelo sistema universal - que segundo o Manual do Candidato contém todos candidatos concorrentes, incluindo cotistas e reserva de vagas –, serão 8.754 candidatos disputando 40 vagas, o que dá uma concorrência de 217 candidatos por uma vaga.
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Na análise do professor Nilson Douglas Castilho, coordenador de ensino médio do Colégio Marista de Londrina, o curso de medicina é um caso à parte. “Essa grande concorrência se dá em todas as instituições, sejam elas públicas ou privadas.
A medicina criou uma atmosfera de oportunidade para o profissional mudar de vida, tanto social quanto financeiramente. Isso sem falar que o curso da UEL é muito conceituado e consolidado no campo educacional. Por isso, é normal essa concorrência”, comentou.
Castilho ainda fez um alerta para os “medicineiros”, assim chamados os vestibulandos do curso. “Acontece muita pressão social em cima do aluno, muitas das vezes criada não só pela família ou amigos, mas por ele próprio. Isso porque quando é aprovado (no Vestibular), passa a impressão de que o candidato é muito bom. E ao mesmo tempo que se não passa, pode parecer que ele não tem competência nenhuma para fazer aquilo. Não é bem assim. A escola deve auxiliar, junto com os pais, para que se mantenha o lado emocional do jovem saudável e orientá-lo para sempre estar melhorando”.
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Por outro lado, avalia o professor, a grande disputa por uma vaga curso de medicina exige um esforço maior natural por parte do vestibulando.
“É preciso, acima de tudo, humildade. O professor também deve falar para o aluno se o que ele está estudando é suficiente ou não para avançar no vestibular, visto o histórico da concorrência. Já para os que ficam por muitos anos tentando, a orientação é não achar que sabem tudo e cair no erro de achar que são tão bons, que já têm tanto conteúdo, e vão lá e zeram uma redação, por exemplo. Muito foco e muito estudo”, completou Castilho.
Tendências
Fora medicina, quem figura na lista dos cursos mais concorridos já há alguns anos são biomedicina e psicologia. Dois cursos que, de acordo com o professor, estão na moda.
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