Professores da disciplina de Artes se manifestaram na manhã desta terça-feira (10), em frente ao NRE (Núcleo Regional de Ensino) de Londrina, contra a eliminação de aulas no oitavo e nono ano do Ensino Fundamental nas escolas do Paraná. A decisão foi tomada unilateralmente pelo governo de Ratinho Júnior (PSD) no fim de 2022 e pegou os profissionais, alunos e familiares de surpresa.
O movimento foi engendrado pela Aproaf (Associação dos Professores de Artes do Paraná), desde o dia 22 de dezembro, e previa protestos em frente a todos os núcleos regionais de ensino do Estado e da Seed (Secretaria Estadual de Educação) do Paraná.
O protesto foi pacífico e ordeiro e não houve invasão ou depredação de patrimônio público.
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Segundo um dos professores em frente ao NRE de Londrina, a suspensão do ensino de Artes nos anos finais é problemática porque cria um hiato entre o sétimo ano e o início do Ensino Médio. “E pode ser que nem tenha continuidade, porque passa a ser disciplina optativa”, diz.
Além disso, ele alerta para prejuízos na formação humana e social dos alunos, uma vez que a arte permite o autoconhecimento e o reconhecimento de grupos a que o ser humano se identifica.
Uma carta contrária ao fim do ensino de artes nos últimos anos do Ensino Fundamental expedida pela UEL (Universidade Estadual de Londrina) foi protocolada na sede do NRE de Londrina.
Procurada, a assessoria de imprensa da Seed informou que não há porta-voz para comentar a manifestação e que uma nota oficial deve ser emitida ao longo do dia.