Chocolate, hospital, banana, drama. Esses são apenas alguns exemplos de palavras que você pode usar sem medo, em português ou em inglês, porque significam exatamente o mesmo nos dois idiomas. Basta obedecer às regras de pronúncia em cada língua.
Há muitas outras expressões com essa mesma característica, o que facilita para quem está aprendendo inglês. Contudo, é preciso cuidado, porque há outras tantas que parecem ser o que não são - e que podem causar confusão na hora da comunicação.
De acordo com o consultor pedagógico do PES English, Yuri Gaspar Braga, mesmo quem já fala inglês há muito tempo, às vezes se atrapalha ao usar alguns desses falsos cognatos. “Não é à toa que essas palavras são popularmente conhecidas como ‘falsos amigos’".
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"É fácil esquecer que elas têm significados completamente diferentes em inglês. Por isso, é preciso estudar vocabulário e ficar sempre atento”, aconselha. O especialista aponta dez casos comuns dos chamados falsos cognatos.
1 - Resume: Embora parecida com uma das conjugações do verbo “resumir”, “resume” nada tem a ver com a palavra em português. Na verdade, “resume”, em inglês, quer dizer recomeçar.
2 - Sensible: “Essa palavra pode ser confundida com a palavra ‘sensível’, em português. Mas seu real significado é ‘sensato’. Em inglês, para dizer que alguém é sensível, usamos a palavra ‘sensitive’”, explica Braga.
3 - Compromise: Quem não gosta de ceder, quer distância da palavra “compromise”, que nada tem a ver com compromisso. Ao contrário do que parece, “compromise” quer dizer “acordo” ou “concessão”, encontrar um meio-termo que não contemple completamente nenhum dos lados de uma situação. Já compromisso, em inglês, pode ser traduzido como “commitment” ou “appointment”, dependendo do sentido.
4 - Realize: Braga afirma que esse é um dos erros mais comuns. Enquanto a palavra “realize” lembra o verbo “realizar” em português, em inglês o termo significa “perceber” ou “compreender”. Já realizar, no sentido de conquistar algo, pode ser traduzida como “perform” ou “accomplish”.
5 - Journal: Se você quiser se informar, saber quais são as notícias do dia ou da semana, esqueça de procurar por um “journal”. Muito parecida com a portuguesa “jornal”, essa palavra na verdade se refere a uma revista acadêmica - dessas em que são publicados estudos científicos, por exemplo - ou aos famigerados diários. Em inglês, “jornal” se diz “newspaper” - literalmente um papel de notícias.
6 - Pretend: “Um erro muito frequente que falantes nativos de português cometem é formular frases como ‘I pretend to be a doctor’, o que vai colocar em dúvida a honestidade de quem fala. Isso porque a palavra ‘pretend’ significa ‘fingir’. Se você pretende ser médico, o verbo correto a usar é ‘to intend’. A frase correta então seria ‘I intend to be a doctor’, ou seja, ‘é a minha intenção’”, detalha Braga.
7 - Legend: Quando se vai assistir a um filme em outro idioma, é comum que ele esteja legendado em português. No entanto, a palavra “legend” nada tem a ver com as legendas. Ela quer dizer “lenda”. Para falar sobre as legendas, por sua vez, deve-se usar o termo “subtitles”.
8 - Tax: Ninguém gosta de pagar taxa alguma, mas “tax” se refere especificamente àquelas taxas que pagamos ao governo, os impostos. Outros tipos de taxa, como taxas de inscrição, por exemplo, são chamadas de “fee” ou “rate”.
9 - Lunch: “A palavra pode lembrar o termo ‘lanche’, em português, mas significa ‘almoço’. Em inglês, ‘lanche’ é traduzido como ‘snack’”, destaca o consultor pedagógico do PES English. Culturalmente falando, o ‘American lunch’, por ser mais rápido, assemelha-se ao nosso lanche, mas é realizado na nossa hora do almoço.
10 - Balcony: Ao entrar em uma loja ou em um bar, dificilmente será possível encontrar um “balcony”. Parecido com a palavra portuguesa “balcão”, o termo não serve para descrever o móvel sobre o qual se debruçam vendedores e garçons. “Balcony”, na verdade, significa sacada, varanda. O móvel, por sua vez, é ‘counter’.