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UEM é 1ª universidade das Américas em pesquisas de mulheres

08 jun 2021 às 10:48


A UEM (Universidade Estadual de Maringá) é a instituição das Américas e do Hemisfério Sul com maior proporção de pesquisadoras (52,8%) dentre o número total de autores de trabalhos científicos, segundo o CWTS Leiden Ranking 2021, da Universidade de Leiden, na Holanda. É a primeira não europeia na classificação. Além disso, o estudo aponta que a UEM continua como a segunda melhor universidade do Paraná.

"Esses índices são extremamente promissores e mostram que na UEM vivemos num ambiente bastante inclusivo em termos de políticas de diversidade de gênero e do empoderamento das mulheres”, diz Marcia Edilaine Lopes Consolaro, diretora de Pós-Graduação da UEM.


A docente afirma que no mundo, apesar de avanços marcantes, as oportunidades para protagonismo feminino têm sido limitadas. "As mulheres precisam vencer muitos desafios. As disparidades continuam gritantes, o que também se observa na área científica, na qual, de maneira geral, as mulheres representam apenas 1/3 dos cientistas no mundo. No entanto, na UEM essa realidade é completamente diferente: é uma universidade de ponta no incentivo à inovação científica, à produção de conhecimento e à ciência realizada por mulheres”, complementa.


Segundo o estudo, a UEM é seguida, na América do Sul, pela Universidade de Buenos Aires (Argentina), com 51,4%, e Universidade Nacional de Córdoba (Argentina), com 50,6%, as únicas com participação superior a 50%. Na América do Norte, a que chega mais próximo é a Universidade da Carolina do Norte - Greensboro (Estados Unidos), com 48,8%.


A lista avalia a pesquisa acadêmica produzida pelas instituições e leva em consideração a produção científica publicada na base de dados Web of Science, da Clarivate Analytics. Além de gênero (proporção de autoras), há outros três parâmetros de análise: 1) impacto científico; 2) colaborações (artigos em parceria com outras instituições); e 3) acesso aberto (proporção de artigos livres em relação aos restritos).


De acordo com os critérios mencionados, as posições da UEM são, respectivamente: 1) 18ª do Brasil e 24ª da América do Sul; 2) 24ª do Brasil e 32ª da América do Sul; e 3) 24ª do Brasil e 32ª da América do Sul.


A UEM, a 1ª estadual do Paraná no Leiden Ranking, em impacto científico fica em 795º lugar mundial e supera universidades públicas do Brasil como a estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e as federais de Goiás (UFG) e da Bahia (UFBA). Em relação aos itens colaboração e acesso aberto, a UEM está na 911ª colocação mundial em ambos. A lista foi divulgada no dia 2 pelo Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia da Universidade de Leiden.


O ranking de 2021 analisa quantidade e qualidade das publicações científicas no período de 2016 a 2019. Na comparação com a edição anterior, o número de universidades incluídas no CWTS Leiden Ranking aumentou de 1.176 para 1.225 e os países saltaram de 65 para 69. Todos os quesitos avaliados incluem cinco áreas do conhecimento: Ciências Biomédicas e da Saúde; Ciências da Terra e da Vida; Matemática e Ciência da Computação; Ciências Físicas e Engenharia; e Ciências Sociais e Humanidades.


"A pesquisa científica é fundamental porque encontra respostas e soluções para um mundo cada vez mais baseado na incerteza e garante um planeta mais sustentável, mais justo e mais próspero”, afirma o reitor da UEM, Julio César Damasceno.

De acordo com o professor, quem se forma em uma universidade reconhecida por sua produção científica tem uma formação mais estruturada e "terá um papel muito mais impactante na sociedade”, como é possível de se ver na pandemia, período no qual os cientistas contribuem para que os danos causados à humanidade possam ser minimizados.


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