As universidades estaduais de Londrina (UEL) e de Maringá (UEM) figuram em 35ª e 36ª melhores instituições de ensino superior do Brasil em 2023. Os dados são do CWUR (Center for World University Rankings), consultoria com sede nos Emirados Árabes Unidos, que publica rankings acadêmicos globais relativos à qualidade da educação superior.
Nesta edição, foram avaliadas 20.531 instituições públicas e privadas de 95 países, das quais 54 brasileiras classificadas na lista das 2 mil mais bem avaliadas. Na classificação geral, a UEM e a UEL estão nas posições 1.308 e 1.473, que correspondem aos grupos de 6,4% e 7,2% das instituições melhores classificadas, respectivamente.
As duas instituições de ensino fazem parte de um grupo seleto com cinco estaduais classificadas pelo CWUR. Além da UEM e UEL, esse grupo é formado pelas universidades estaduais de São Paulo (USP), de Campinas (Unicamp) e Paulista (Unesp).
O CWUR lista as universidades conforme sete indicadores agrupados em quatro áreas: educação (25%), empregabilidade dos estudantes egressos (25%), qualidade do corpo docente (10%) e desempenho das pesquisas (40%). O critério de pesquisa considera a quantidade de trabalhos publicados (10%), o total de citações (10%) e o número de estudos publicados tanto em periódicos influentes (10%) quanto em periódicos de primeira linha (10%).
Os dados são obtidos a partir da Clarivate Analytics, empresa norte-americana que mantém a plataforma Web of Science, ferramenta de pesquisa e análise de dados da produção acadêmica mundial. O serviço possibilita avaliar, principalmente, a performance das instituições no campo da pesquisa, que representa o maior percentual na atribuição de notas do ranking.
Segundo o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, professor Mauro Sá Ravagnani, o avanço científico e tecnológico está relacionado ao investimento em pesquisa. “O avanço científico e tecnológico passa pelo desenvolvimento de pesquisa, que no Brasil é feita majoritariamente pelas universidades públicas, por meio de cursos de mestrado e doutorado, que formam recursos humanos capacitados. É preciso investimento no desenvolvimento de pesquisas para alcançar posição de vanguarda em saúde, educação, tecnologia, energias e meio ambiente”, diz.
Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UEL, professora Silvia Márcia Ferreira Meletti, a qualificação do corpo docente é o diferencial na avaliação da qualidade da educação superior. “A qualidade da produção de conhecimento é decorrente da dedicação de professores compromissados com a formação de pesquisadores e profissionais qualificados, cujo resultado do trabalho é a produção de conhecimento científico socialmente relevante, com impacto em vários setores da sociedade”, pontua.
Além das estaduais, aparecem nesse ranking a UFPR (Universidade Federal do Paraná), a UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e a Pontifícia PUCPR (Universidade Católica do Paraná), classificadas em 11º, 37º e 44º lugares, nessa ordem.