A UEL (Universidade Estadual de Londrina) tem 82 pesquisadores entre os mais influentes em suas áreas na América Latina, de acordo com o ranking AD Scientific Index 2021, divulgado no início de outubro, uma iniciativa dos professores Alper Murat (da Saglık Bilimleri Üniversitesi) e Doger Cihan (da Ankara Sehir Hastanesi), ambas localizadas na Turquia, a partir de valores, pontuações e citações no Google Scholar.
A Universidade Estadual de Londrina aparece na 23ª posição entre 453 Instituições de Ensino Superior avaliadas em 12 países. O levantamento apontou 10 mil cientistas latino-americanos, considerados de excelência, a partir da produtividade.
A lista considerou autores de pesquisa com perfil público e email institucional cadastrados. Segundo o reitor em exercício da UEL, professor Décio Sabbatini Barbosa, o bom resultado em mais este ranking significa que, mesmo diante de tantas adversidades no meio científico, em particular na UEL, onde há falta de recursos humanos e de investimentos robustos em pesquisa em nível nacional, é possível atingir a excelência científica.
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“Isto se deve aos nossos professores e pesquisadores e à abnegação de nossos agentes universitários e alunos. E isso é motivo de um grande orgulho para todos nós da comunidade universitária”, avaliou. De acordo com o reitor em exercício, o Google Scholar ou Google acadêmico, critério utilizado no levantamento, é um buscador de informações científicas que permite que a produção científica possa ser comparada pelos demais pesquisadores de várias áreas, o que representa um filtro criterioso.
“Quanto mais um artigo é citado no Brasil ou no mundo, maior a importância para a comunidade científica, pois denota a qualidade do mesmo. É uma demonstração do reconhecimento pelo que foi publicado, pelo seu valor científico e acadêmico”, completa.
Metodologia – Para o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UEL, professor Amauri Alfieri, trata-se de um ranking novo que apresenta pesquisadores com bom volume de citação no Google Acadêmico.
Segundo o Alfieri, o ranking considera basicamente as citações dos trabalhos e tenta corrigir distorções agrupando três grandes parâmetros que é o número total de citações, fator H (carreira inteira) e o índice que se refere aos últimos cinco anos, além de outros nove indicadores.
Para o professor trata-se de uma metodologia complexa que avalia o pesquisador e os agrupa juntamente à Instituição e ao país de origem.
“A presença da UEL nesta lista a frente de Universidades mais antigas e de maior porte demonstra a característica de uma Instituição que faz questão de manter o Ensino, a Pesquisa e a Extensão sempre aliados. É um volume de pesquisa relevante, que mostra a nossa participação no desenvolvimento tecnológico e de inovação na nossa região, trazendo impactos para todo o Estado”, definiu o pró-reitor.
Quanto às áreas de atuação, Alfieri destaca que as citações da Universidade ocorreram nas áreas de Agrárias, Biológicas, Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Sociais Aplicadas, Humanas e Linguística e Artes.
Posição de Destaque - Entre as 30 Universidades melhores pontuadas, 25 são brasileiras e apenas três paranaenses. Além da UEL, a UFPR (Universidade Federal do Paraná) e a UEM (Universidade Estadual de Maringá) também aparecem no ranking nas posições 15 e 18, respectivamente.
A USP (Universidade de São Paulo) aparece na primeira colocação, com 2.134 pesquisadores citados, seguida pela Unesp (572 pesquisadores ranqueados) e Unicamp (556).
Dos 10 mil principais cientistas dos países membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil figura na segunda colocação, com 3.192 pesquisadores, atrás somente da China, com 3.908. Em seguida, estão na lista: Índia (2.023), África do Sul (522) e Rússia (355).