A UEL (Universidade Estadual de Londrina) está entre os institutos de pesquisa que mais depositaram pedidos de Propriedade Intelectual em 2020, de acordo com ranking divulgado no início de outubro de 2021 pelo Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), na sua lista anual de maiores depositantes.
A UEL ficou na 19ª posição com 29 depósitos de patente de invenção no período analisado. O ranking inclui ativos como modelos de utilidade, marcas, desenhos industriais e softwares. A lista completa pode ser acessada no portal do Inpi.
Entre as patentes de invenção, considerando os depositantes residentes, o ranking é liderado pela Universidade Federal de Campina Grande, com 96 solicitações, seguida pela Petrobrás (79) e pela Universidade Federal da Paraíba (74).
Entre as 50 instituições que aparecem nesse ranking, somente a UEL e UFPR (Universidade Federal do Paraná), que apresentou 34 pedidos, representam o estado. Já na categoria modelo de utilidade, a Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) aparece com sete depósitos, UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) com seis e UEM (Universidade Estadual de Maringá) com quatro pedidos.
Para o diretor da Aintec (Agência de Inovação Tecnológica) da UEL, professor Edson Miura, a UEL ganhou destaque como a Estadual do Paraná a constar do ranking residentes, com 29 pedidos de patentes, um recorde registrado no Escritório de Propriedade Intelectual da Agência. “Isso muito nos orgulha e demonstra que os pesquisadores têm buscado a expertise que dispomos nessa área para garantir apoio e segurança para a proteção de suas pesquisas”, definiu Edson Miura.
Ele lembrou que o CU (Conselho Universitário) da UEL aprovou em setembro de 2021 a Política de Inovação de Ciência e Tecnologia, que tem o objetivo de estimular a inovação, negociar e gerir acordos de transferência e licenciamento de tecnologia. O documento representa uma ferramenta para a proteção da propriedade intelectual e deverá estimular a prestação de serviço técnico especializado, extensão tecnológica, além de criar regras para uso e compartilhamento de infraestrutura e de recursos humanos.
“A instituição ganha mais segurança para a formalização dos processos de inovação, ainda mais se tratando de uma instituição pública, as regras ficam claras e, consequentemente, nos favorece visto que a política dispõe dos direitos de propriedade intelectual das pesquisas da Universidade”, destaca o diretor.
Segundo ele, esta nova Política de Inovação dá base para que a UEL possa construir uma legislação interna moderna, assertiva e transparente. Na prática, explica ele, essa nova realidade poderá trazer novas cooperações, transferências de tecnologia e até mesmo registros de patentes mais rápidos. “A política de inovação nos confere maior autonomia para tratar com empresas e com instituições de ensino, pesquisa e de inovação”, completa Miura.