Professores da rede municipal de educação de São Paulo fazem um dia de luta e mobilização desde a manhã desta quinta-feira (6) no centro da capital paulista. Os professores fizeram uma caminhada pelas ruas do centro e protestaram em frente à sede da prefeitura paulistana, no Viaduto do Chá, e também em frente à Secretaria de Saúde.
Os professores municipais de São Paulo estão em greve desde o dia 10 de fevereiro e, entre suas reivindicações, estão o pedido de que seja estabelecido o trabalho remoto até que todos os professores da rede estejam vacinados.
Eles pedem também que a vacinação contra a covid-19 seja disponibilizada para todos os profissionais da Educação. Desde o dia 10 de abril, professores e profissionais da Educação com idade superior a 47 anos estão sendo vacinados no estado de São Paulo. No entanto, ainda não há previsão de quando serão vacinados os profissionais da Educação com menos de 47 anos.
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As aulas presenciais da rede pública ou privada estão autorizadas na cidade de São Paulo desde o dia 12 de abril. A presença dos alunos é limitada a 35% da capacidade.
Os professores pedem também o estabelecimento de um plano de contingência, que estabeleça critérios objetivos para a volta ou suspensão de aulas presenciais, além da adequação do calendário e da compra de equipamentos de proteção individual aos profissionais da educação, entre outros.
Homenagem - Como forma de homenagem, durante o protesto, os manifestantes leram o nome de centenas de professores e funcionários da educação de São Paulo que teriam morrido em decorrência da covid-19.
O protesto foi organizado pelo Fórum das Entidades representativas da Educação, composto pelo Profem (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo), Sedin (Sindicato dos Educadores da Infância), Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no município de São Paulo), Sinesp (Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo) e Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal).
Procurada pela reportagem, a prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Educação, informou que "segue as orientações e a autorização da saúde, com atendimento presencial [das aulas] de até 35% nas unidades”.
A secretaria informou ainda que, desde janeiro, já se reuniu com os sindicatos diversas vezes e vem "mantendo diálogo constante com o setor”. A secretaria disse ainda ter adquirido equipamentos de proteção como protetores faciais e máscara, além de produtos de higiene.
Ainda segundo a prefeitura, "as secretarias da Educação e da Saúde fazem um trabalho conjunto visando controle da transmissão da covid-19 na comunidade escolar” e a secretaria da Saúde "monitora todos os surtos de síndrome gripal ocorridos em unidades escolares”.