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Pesquisadoras de Londres e da UEL estudam doenças

14 dez 2018 às 11:19

Madusha Peiris e Rubina Aktar, pesquisadoras da Queen Mary University of London (Londres/Inglaterra), estão na UEL desde novembro, resultado da parceria dos programas de Pós-Graduação em Patologia Experimental e Ciências da Saúde, que contam com a colaboração do professor Eduardo José de Almeida Araújo, professor do Departamento de Histologia, do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UEL. Os pesquisadores desenvolvem pesquisas sobre doenças gastrointestinais.

Com estudos realizados em conjunto entre as duas instituições desde 2014, a colaboração entre a UEL e a Queen Mary University of London promove avanço nos estudos relacionados a doenças gastrointestinais de origem nervosa, área chamada de Neurogastroenterologia. As pesquisadoras estrangeiras estudam inflamações no intestino, tratamentos para dor abdominal e mecanismos envolvidos na regulação do apetite.


Com base na microbiologia, Peiris e Aktar pesquisam como bactérias podem influenciar no funcionamento do intestino em situações de saúde e doença. Um dos focos das investigações é compreender o envolvimento de células específicas do intestino, denominadas de células tuft, em processos inflamatórios locais. De acordo com as pesquisadoras, os resultados são animadores e abrem a possibilidade de novos tratamentos para doenças inflamatórias intestinais.


Na Inglaterra, os testes são realizados em tecidos humanos e, na UEL, as pesquisas são feitas em camundongos. A parceria é possível pela combinação de resultados dos estudos das universidades, buscando identificar as similaridades ou diferenças de resultados por meio do uso de diferentes técnicas.


De acordo o professor Eduardo José, a parceria é essencial para o sucesso do estudo. "Os resultados obtidos nas duas instituições nos permite demonstrar que o modelo animal que utilizamos em experimentos na UEL são aplicáveis para doenças humanas. Precisamos ter a segurança de dizer que os resultados obtidos nos nossos experimentos com animais também acontecem no humano e, assim, novos tratamentos poderão ser testados com mais eficiência", aponta o professor.

A visita das pesquisadoras foi viabilizada com recursos Fundação Araucária para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, por intermédio do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), em parceria com o Fundo Newton, órgão do governo britânico. Além do desenvolvimento dos estudos, as visitantes também ministraram palestras, conheceram os laboratórios de pesquisa da UEL e participaram de discussões de projetos de pesquisa que são desenvolvidas por mestrandos e doutorandos dos Programas de Pós-graduação em Patologia Experimental e Ciências da Saúde.


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