Como todos os anos, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do governo federal, dá a oportunidade a estudantes de qualquer estado, conseguirem bolsas em diversas universidades. Mas cursar faculdade em um lugar distante, pode trazer obstáculos para alguns convocados, isto é, dificuldade financeira para se sustentar longe de suas cidades de origem.

A única solução imediata que alguns alunos encontraram para não perder a vaga, foi recorrer a moradias estudantis e buscar empregos e salários. Mas existem casos em que estudantes desistem do sonho, por falta de condição financeira para se manter.

Jeane Souza, 18 anos, moradora do Amapá, foi uma das estudantes que abriu mão da vaga na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por conta da condição financeira da família. A aluna passou em 1º lugar no curso de ciências biológicas. De acordo com Jeane, ela não vai desistir de realizar seu sonho.

Economia

Milena Gama Caetano, 18 anos, moradora de Campo Grande, foi aprovada pelo Sisu, no curso de medicina na Universidade Federal de Sergipe (UFS). A estudante conta que já gastou muito, e agora se prepara para morar em Aracaju, mas vai precisar de ajuda para cobrir os gastos.

A jovem ainda conta que pesquisou sobre os custos de moradia e alimentação em Sergipe, a estudante irá ficar em um pensionato nos primeiros meses e depois pretende se mudar para um apartamento e dividir os gatos com um amigo.

Bolsa de R$ 400

O Ministério da Educação (MEC), criou em maio do ano passado, o Programa Nacional e Bolsa Permanência para estudantes de graduação de universidades e institutos federais. O objetivo é tentar diminuir os problemas financeiros dos alunos que não podem se manter longe de suas cidades. O governo irá disponibilizar, R$ 400 mensais a estudantes com renda familiar média per capita de até 1,5 salário mínimo, durante o período do curso. Para quilombolas e indígenas, a bolsa é de R$ 900.