Os candidatos que fizeram a segunda aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos dias 3 e 4 de dezembro, relatam não conseguir fazer a inscrição para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), aberto nesta terça-feira, dia 24.
O Sisu é utilizado para selecionar candidatos para 238.397 vagas de graduação, em 131 instituições de ensino federais e estaduais públicas, por meio das notas do Enem. Em 18 de janeiro, quando as notas do exame foram divulgadas, esses candidatos também tiveram dificuldade de acessá-la.
Nas redes sociais, e especialmente na página oficial do Ministério da Educação (MEC), os estudantes relatam problemas para acessar o sistema. "Que desagradável, hein MEC? Vários (candidatos) sendo prejudicados com esse erro. Estou tentando me inscrever, e o erro ainda persiste. O pior, é ligar para a central e ainda receber o aviso 'No momento nossos atendentes estão ocupados.' Brincadeira, né?", disse um jovem nas redes sociais.
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"Muito bom saber que a galera que fez a primeira aplicação já conseguiu se inscrever e está disputando vagas, enquanto a gente aqui, da segunda aplicação, ficamos sentados pagando de trouxas enquanto o tempo passa", disse outro candidato. Procurado às 11h15 desta terça, o MEC disse que se posicionaria após verificar se o problema procede.
As inscrições no Sisu ficam abertas até sexta-feira, 27. Os estudantes podem selecionar até duas opções de curso para pleitear uma vaga. Durante as inscrições, o sistema calcula a nota de corte para cada curso com base no número de vagas ofertadas e no total de candidatos inscritos para cada curso, por modalidade de concorrência.
A nota de corte é apenas uma referência para auxiliar o candidato no monitoramento da seleção, não garantindo, necessariamente, a vaga desejada. O resultado da chamada regular sai no dia 30 de janeiro.
Ocupações
A segunda aplicação do Enem ocorreu após o exame ser adiado em escolas que estavam ocupadas na data oficial do exame, em 5 e 6 de novembro. A nova prova foi aplicada em 166 municípios para 277.624 pessoas.
Os estudantes ocuparam os prédios escolares em protesto contra PEC 241 que estabelece um teto para os gastos públicos, incluindo saúde e educação, e a proposta de reforma do ensino médio, entre outros pontos.