Oscar não sai do time. Ele tem a confiança de Felipão por ser o único capaz de cadenciar o jogo da seleção e segurar a bola quando o time precisa de tempo para se posicionar melhor - sem falar de sua condição de meter bolas nas costas dos marcadores. É imprescindível para o Brasil na Copa, porque todos os outros são mais explosivos.
Oscar também tem nos chutes colocados uma de suas especialidades. Ocorre que, até agora na seleção, em treinos e no amistoso em Goiânia, o meia não tem feito nada disso, ou feito bem pouco. Ele sabe que será cobrado e que sua condição reflete diretamente no desempenho da equipe. "Precisamos melhorar muito ainda, há muita coisa para ser feita. Temos de melhorar nossa pressão na frente, o toque de bola, o posicionamento." O que tem salvado Oscar são os gols nos coletivos, embora sua movimentação não tenha chamado atenção.
No Serra Dourada, depois que Neymar abriu caminho para a vitória, o Brasil melhorou. Oscar subiu de produção quando deixou o lado direito do time e se deslocou para o meio. Seus passes melhoraram. O rival também afrouxou na marcação.
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Felipão saiu em defesa do jogador e não demonstra preocupação com seu organizador. Quando explodiu com a defesa na Granja, o técnico pegou no pé do sistema defensivo. Oscar escapou da bronca. Por ser mais introvertido e de gestos contidos, ele sofre abordagens reservadas. Parreira é quem faz esse primeiro contato, conversa, dá dicas, passa orientações.
Oscar sabe que Willian vem chegando. Foi dele um dos gols na vitória contra o Panamá em Goiânia. Para o meia, porém, Willian faz outra função. "Nós exercemos funções diferentes no Chelsea. Eu sou mais armador, e ele é mais atacante."