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Denúncias contra discurso de ódio na internet crescem 67,7% no Brasil em 2022

CV Bonde
16 mar 2023 às 12:19
- Foto de Tatiana Syrikova - Pexels

Os crimes cometidos nas redes se tornaram cada vez mais comuns nos dias de hoje. Em tempos onde estamos totalmente conectados e que grande parte da nossa vida acontece online, a internet pode ser um ambiente extremamente hostil e de propagação de ódio. Seja pelo anonimato proporcionado pela ferramenta, ou pela falta de impunidade, muitas pessoas se sentem confortáveis em expressar opiniões agressivas, ofensivas e discriminatórias na internet.


De acordo com um levantamento feito pela Safernet, a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos da plataforma recebeu mais de 74 mil denúncias envolvendo discursos de ódio no ano de 2022. O número representa um crescimento de 67,7% se comparado com o ano anterior.


Neste cenário, os discursos xenofóbicos foram os que mais cresceram no período de um ano, com 10.686 denúncias feitas, totalizando um  aumento de 874% em relação às 1.097 denúncias feitas em 2021. O crescimento de crimes de intolerância religiosa (456%) e misoginia (251%) também

Terra sem lei?

Apesar de ter regras, sobretudo quando se trata de crimes praticados online, o mundo digital ainda é um espaço que apresenta grandes desafios em termos de regulamentação e aplicação das leis. Embora a internet tenha claros benefícios como a livre expressão e o acesso à informação, essa gama de opções também é afetada por pessoas de má fé, o que acaba causando uma série de problemas.


Disseminação de informações falsas, ciberbullying, e discurso de ódio são alguns dos problemas gerados com o amplo crescimento do mundo online. A internet também se tornou um terreno fértil para criminosos que buscam explorar a ingenuidade de algumas pessoas que não estão totalmente acostumadas com esse tipo de abordagem no mundo digital.


Um dos crimes mais comuns na internet é o phishing, que consiste em enviar mensagens fraudulentas por e-mail, mensagem de texto ou por meio de redes sociais com o objetivo de obter informações pessoais e financeiras da vítima. Os golpistas criam sites falsos que imitam os sites legítimos de empresas, bancos e órgãos governamentais para enganar as pessoas e obter seus dados. Com essas informações, os criminosos podem acessar contas bancárias, solicitar cartões de crédito e realizar outras atividades fraudulentas.


Os golpes envolvendo empréstimo pessoal também são bastante comuns, principalmente na internet. Nesses tipos de golpes, os fraudadores se aproveitam da necessidade de crédito das pessoas e oferecem empréstimo pessoal rápido e com condições atrativas, sem muitas burocracias. No entanto, após receberem alguma taxa ou depósito antecipado, os golpistas desaparecem e não concedem o empréstimo.


Na tentativa de tornar a internet um local mais seguro, o governo e as empresas têm tentado enfrentar esses desafios, através da criação de leis e políticas específicas para o mundo online e da aplicação das leis existentes para combater os crimes cometidos no âmbito digital. No entanto, devido à natureza descentralizada e global da internet, muitas vezes é difícil aplicar as leis de forma consistente e eficaz em todo o mundo.


As pessoas que são alvo de ataques na internet podem sofrer graves consequências em suas vidas, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. É preciso ter cuidado, uma vez que a saúde mental pode ser afetada de maneira significativa. Por isso, é fundamental que se combata o discurso de ódio na internet e se promova a educação digital para que as pessoas aprendam a usar a internet de forma mais segura e responsável.

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